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CPMI do INSS: empresário milionário diz que financiou Ferrari até 2027

Fernando Cavalcanti é ex-sócio de Nelson Willians, um dos principais investigados no esquema de desvio financeiro

Brasília|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Fernando Cavalcanti afirma que veículos apreendidos pela PF foram adquiridos de forma lícita, incluindo uma Ferrari financiada até 2027.
  • O empresário possui 23 carros e contou que sua Ferrari é financiada, com pagamento previsto para o final de 2027.
  • Ele foi vice-presidente de um escritório investigado em um esquema de desvio financeiro relacionado ao INSS.
  • A CGU investiga irregularidades em entidades que descontam mensalidades de aposentados, identificando falta de autorização dos beneficiários.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Brasília - 06/10/2025 - Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS para interrogar o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti.  Foto: Lula Marques/Agência Brasil.
Fernando Cavalcanti teve Ferrari e réplica de carro da F1 apreendidas pela Polícia Federal Lula Marques/Agência Brasil - 6.10.2025

Ouvido nesta segunda-feira (6) na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti afirmou que os veículos dele apreendidos pela Polícia Federal foram adquiridos de forma lícita, inclusive uma Ferrari, que teria sido comprada via financiamento.

“Os veículos mencionados nas reportagens são de propriedade da minha empresa e estão todos declarados. Foram adquiridos de forma lícita e alguns estão ainda financiados, como o caso da tão falada Ferrari, que eu só termino de pagar, salvo melhor juízo, no final de 2027”, disse Cavalcanti, que contou possuir 23 carros.


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Além do veículo de luxo do empresário, policiais apreenderam uma réplica de um modelo de Fórmula 1 usado por Ayrton Senna, diversos relógios e uma grande quantia em dinheiro.

Cavalcanti foi vice-presidente do escritório NW Advogados, de Nelson Willians, investigado como operador financeiro de Maurício Camisotti e um dos principais beneficiados no possível esquema de desvio financeiro.


Fraude em benefícios do INSS

Em 2023, a CGU (Controladoria-Geral da União) passou a investigar o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. Foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS.

Esses tratados permitiam que as entidades realizassem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários do INSS, desde que autorizados pelos aposentados e pensionistas.


A partir da apuração, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários e que, dos entrevistados, a maioria não havia autorizado os descontos.

Além disso, o órgão apontou que 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregue a documentação completa ao INSS.

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