CPMI do INSS: ex-presidente do INSS e deputado relator discutem e apontam dedos
Desentendimento fez com que a sessão desta segunda-feira fosse suspensa por alguns minutos
Brasília|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília
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O relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), e o ex-presidente do (Instituto Nacional do Seguro Social) Alessandro Stefanutto discutiram durante a reunião do colegiado realizada nesta segunda-feira (13).
O conflito começou quando o relator perguntou a Stefanutto sobre uma reportagem que apontava práticas irregulares no INSS. O ex-presidente da entidade reagiu, dizendo que a pergunta era desrespeitosa. “O senhor me respeite”, afirmou Stefanutto, irritado.
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“Me respeite, rapaz? Sendo cabeça do maior roubo de aposentados e pensionistas”, retrucou o deputado.
O ex-presidente do INSS se levantou e exigiu respeito novamente, apontando o dedo ao se dirigir ao relator. Durante a sessão, Stefanutto se recusou a responder às perguntas de Gaspar.
“Ele irá responder a todos os parlamentares, menos as perguntas do Relator, porque a gente entende que são dúbias”, disse o advogado de Stefanutto, Júlio César de Souza Lima.
“A orientação da defesa, é que há parlamentar, a exemplo do relator, que já fez o seu prejulgamento”, pontuou. “Sobre esses prejulgamentos, adjetivos jocosos, tudo apresentado pelo relator, a defesa interpreta que é inócua qualquer resposta”, concluiu o advogado.
Em determinado momento da sessão, Gaspar alertou ao presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que o silêncio de Stefanutto poderia ser motivo para que ele fosse preso. “Presidente, calar a verdade de ato não incriminatório cabe o flagrante de falso testemunho”, disse o relator.
A sessão já havia começado turbulenta. Stefanutto conseguiu um habeas corpus para ficar em silêncio durante as perguntas, o que gerou a indignação de diversos parlamentares.
O ex-presidente estava no cargo quando a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram a operação “Sem Desconto”, em 23 de abril de 2025. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Stefanutto no mesmo dia.
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