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No DF, crianças e adolescentes ficarão em observação após vacina contra a dengue, define secretaria

Medida foi adotada  após orientação do Ministério da Saúde e identificação de 16 casos de reação alérgica grave no Brasil

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Recomendação é do Ministério da Saúde
Recomendação é do Ministério da Saúde Recomendação é do Ministério da Saúde (Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília)

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai deixar as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos por pelo menos 15 minutos em observação na unidade de saúde após o recebimento da vacina contra a dengue. Quem tem histórico de reações alérgicas graves terá que aguardar 30 minutos antes de ser liberado. A medida foi tomada por recomendação do Ministério da Saúde, após serem notificados 16 casos de reações alérgicas graves supostamente relacionados ao imunizante das 365 mil doses aplicadas.

Dois desses casos, teriam sido notificados no Distrito Federal. Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio pontua que a “situação é rara”. “Forma dois casos em 47 mil doses aplicadas. Ainda assim, nossa vigilância está atenta e reforçamos os procedimentos”, disse. A titular da pasta reforçou que a incidência da dengue hoje na capital do país é a maior de todo o Brasil, com 3.870 casos para cada grupo de 100 mil pessoas.

“A vacinação é segura e convidamos as famílias de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para garantir essa proteção”, afirmou.

Nas salas de vacina, além do tempo de espera após a aplicação das doses, antes da imunização, os servidores irão reforçar as orientações a respeito do histórico de alergias. Há, ainda, a capacidade para atender rapidamente a eventuais reações alérgicas. Por fim, haverá um intervalo mínimo de 24 horas para que o grupo prioritário receba qualquer dose do esquema vacinal contra outras doenças.

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As medidas ajudam a garantir uma resposta rápida e efetiva no caso de reação pós-vacinação, minimizando o risco às pessoas imunizadas e auxiliando na segurança da vacinação em geral.

Todas essas orientações adicionais foram aprovadas pelo Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos, formado por servidores de diversos setores da Secretaria de Saúde do DF, como vigilância epidemiológica, infectologia e pediatria, além de representantes da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Sociedade de Infectologia do DF.

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Reações alérgicas

As novas recomendações do Ministério da Saúde foram notificadas nesta sexta-feira (8) em coletiva de imprensa. Segundo a Ministra da Saúde, segue sendo unanimidade do comitê técnico que os “benefícios da vacinação representam muito mais ganhos que os riscos da imunização". "Além do Brasil, outros países do mundo também adotam a vacina, como países da União Europeia e o Reino Unido. Vale destacar que todas as pessoas estão recuperadas", disse.

Com os casos, uma nota técnica do Ministério da Saúde orienta que não seja aplicada um segundo imunizante no mesmo dia de aplicação da vacina da dengue. Além disso, pacientes que tiveram alguma reação ao tomar a 1ª dose, devem avisar a equipe ao receber a segunda aplicação, três meses depois.

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Diretor do Programa Nacional de Imunização, Eder Gatti detalhou que das 365 mil doses, 250 mil foram aplicadas pelo SUS e que a pasta recebeu “529 notificações de casos moderados, graves e erros de vacinação”. “80% deles são considerados leves, sendo que delas, 70 foram reações alérgicas", explicou.

Segundo Eder, foram detectados 28 casos de hipersensibilidade imediata, 11 reações locais (vermelhidão no ponto de vacinação) e 10 casos de urticárias. "O sistema de fármaco vigilância vai continuar analisando os dados para amadurecer as informações, mas é necessário deixar claro o compromisso com a vacinação e que a imunização é segura", disse.

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