Criminosos pedem US$ 3 mil de resgate, diz família de empresário brasileiro sequestrado no Equador
Vídeo nas redes sociais mostra filho de Thiago Allan pedindo ajuda após grupo negar libertação do refém por US$ 1,1 mil
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O filho do empresário Thiago Allan Freitas, sequestrado em meio da onda de violência no Equador, afirmou que os criminosos responsáveis por manter o brasileiro refém aumentaram o valor de resgate para US$ 3 mil. Em um vídeo postado nas redes sociais, Gustavo afirmou que a família conseguiu enviar US$ 1,1 mil para o grupo. "Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2". A onda de violência no país vizinho é causada pelo fortalecimento de facções criminosas no país e a fuga de um dos líderes desses grupos.
O empresário é natural da cidade de São Paulo e se mudou para o Equador para abrir um restaurante de culinária brasileira na cidade de Guayaquil, localizada a cerca de 420 km da capital Quito. Nas redes sociais do estabelecimento, vídeos mostram Thiago exaltando a cultura do Brasil. "Chega um pedacinho do Brasil para você conhecer. Venha desfrutar", diz o homem em um dos vídeos publicados.
Nesta quarta-feira, o Itamaraty informou que acompanha o caso e já está em contato com a família de Thiago. "[O ministério] busca apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais", completa a nota.
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O Ministério das Relações Exteriores também declarou que brasileiros que estão no Equador podem entrar em contato com o plantão consular pelo número +55 61 98260-0610.
O conflito
O Equador vive uma onda de violência após a fuga do chefe da maior facção criminosa local. Líder do grupo "Los Choneros", José Adolfo Macias desapareceu da prisão onde estava detido. Com o pseudônimo de “Fito”, ele foi condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio.
As Forças Armadas do país realizam um pente fino na unidade prisional para tentar controlar caos na segurança.
Em meio à crise, uma emissora de televisão do país foi invadida por homens armados, que fizeram os funcionários reféns. Ninguém ficou ferido. A polícia informou que retomou o controle da emissora e prendeu os invasores.
O presidente Daniel Noboa declarou estado de conflito armado interno, o que autoriza a intervenção do Exército e da polícia nacional no combate a facções criminosas.