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Justiça determina transferência do autor da facada em Bolsonaro para tratamento em Minas Gerais

A defesa sustentou que Adélio Bispo não pode continuar em presídio federal nem ser encaminhado a um manicômio judicial

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Adélio está na Penitenciária Federal de Campo Grande
Adélio está na Penitenciária Federal de Campo Grande Adélio está na Penitenciária Federal de Campo Grande (PMMG / Divulgação)

A Justiça Federal acatou o pedido da DPU (Defensoria Pública da União) e determinou, nesta quarta-feira (21), que Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado a faca contra o então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, em 2018, retorne a Minas Gerais. Adélio está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) desde 2018 e será transferido para receber tratamento ambulatorial ou internação em leito hospitalar no estado, conforme determinação judicial.

A defesa de Adélio argumentou que ele não deveria permanecer em um presídio, mesmo com estrutura médica, nem ser encaminhado a um manicômio judicial, em consonância com a lei antimanicomial. Segundo os advogados, a Resolução 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça reforça essa norma, proibindo a internação de pessoas com transtornos mentais em instituições inadequadas. 

A decisão judicial foi encaminhada à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), onde tramita um pedido de medidas cautelares em favor de Adélio e deve ser cumprida em até 60 dias. A DPU ressaltou que presta assistência jurídica a Adélio desde 2019, exercendo a função de curatela especial, conforme os direitos humanos e a defesa dos direitos fundamentais dos assistidos.

A Polícia Federal reabriu em outubro do ano passado as investigações sobre a facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu. Na época, a corporação trabalhava com a hipótese de haver um mandante para o crime. O caso ocorreu em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral do primeiro turno.

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De acordo com fontes ouvidas pelo R7 na corporação, o delegado que conduz o caso, Martín Bottaro Purper, da Diretoria de Inteligência Policial, decidiu-se pelo novo depoimento para avaliar se elementos diferentes podem resultar em outra linha de investigação.

A intenção era saber se havia alguém por trás do atentado. Para isso, seria necessário obter autorização da Justiça Federal. Bottaro assumiu o caso no começo de 2023. Em outras duas investigações, a PF concluiu que Adélio agiu sozinho.

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