Defesa de Bolsonaro afirma que desistiu de depoimento do ex-ministro da Defesa sobre 7/9
Ministro do TSE ordenou a apresentação de documentação que demonstre a origem dos recursos utilizados para custear os atos
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro revelou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a desistência da oitiva do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira como testemunha na ação que investiga a origem dos recursos usados no bicentenário da Independência, em 2022. O R7 verificou que o pedido será submetido ao relator do processo. O depoimento estava marcado para esta segunda-feira (28), mas depôs apenas o ex-chefe-adjunto do Cerimonial da Presidência Eduardo Maragna Guimarães Lessa, durante 30 minutos.
A determinação de vários depoimentos partiu do corregedor da corte, o ministro Benedito Gonçalves, em ações que pedem a inelegibilidade de Jair Bolsonaro — o ex-presidente já foi considerado inelegível pelo tribunal.
Em julho, o ministro também determinou ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, ao do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) que prestassem depoimento na ação que investiga o suposto desvio de finalidade das comemorações do evento, que teria sido planejado de modo a impulsionar atos de campanha eleitoral dos então candidatos à Presidência e Vice-Presidência Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto. Ciro Nogueira alegou problemas de saúde, na semana passada, e não depôs.
O ministro do TSE ordenou ainda que eles apresentassem a documentação que demonstre a origem dos recursos utilizados para o custeio dos atos de campanha realizados em Brasília e no Rio de Janeiro em 7 de setembro do ano passado, o que inclui a montagem da estrutura utilizada para comícios.
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Em 29 de agosto, poderão ser ouvidos Marcony Vinícius Ferreira, bispo ordinário militar do Brasil, Flávio Botelho Peregrino, coronel do Exército, e Luiz Claudio Macedo Santos, brigadeiro da Aeronáutica.
O ex-deputado federal Daniel Silveira também deve ser ouvido em 30 de agosto, porque subiu à tribuna de honra do evento oficial realizado no Rio de Janeiro, no forte de Copacabana. Para o ministro Benedito Gonçalves, é importante saber como o parlamentar teve acesso ao palco montado para o evento cívico-militar e qual era a finalidade de sua presença nesse espaço.