Defesa de Bolsonaro reclama que 'houve excesso' em operação de busca e apreensão
Celular do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, e três computadores foram apreendidos pela PF nesta segunda-feira
Brasília|Giovanna Inoue e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro reclamou da operação de busca e apreensão cumprida pela Polícia Federal na residência da família nesta segunda-feira (29) e afirmou que "houve excesso" na ação. Na ocasião, o celular do vereador Carlos Bolsonaro e três computadores foram apreendidos. Os advogados dizem que "objetos pessoais de cidadãos diversos" foram detidos pela PF "apenas pelo fato de estarem no endereço em que a busca foi realizada".
Por meio de nota, a defesa pontua que um computador pessoal e um tablet de um assessor foram levados, apesar de ter sido comprovado que os objetos não pertenciam aos investigados. "Tais objetos não guardam nenhuma relação com a investigação informada pelos agentes policiais", explica.
O comunicado afirma que, no momento da chegada dos agentes da Polícia Federal, o vereador e o senador Flávio Bolsonaro não estavam no local por terem saído para pescar, mas que voltaram "imediatamente" ao saber das buscas.
A defesa afirma que a operação da PF foi "uma desastrosa e indevida fishing expedition, ou pescaria probatória" e que é um "inegável abuso e uso excessivo do poder estatal".
A defesa do assessor Tércio Arnaud Tomaz, que teve os objetos apreendidos na operação, solicitou a "imediata e integral devolução" dos bens e afirma que vai tomar as providências judiciais cabíveis.