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Carlos Bolsonaro é alvo de nova operação da PF sobre informações monitoradas ilegalmente pela Abin

Agentes realizam buscas para apurar quais seriam os destinatários dos dados obtidos pelo suposto esquema

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Endereços ligados ao vereador são alvos de busca
Endereços ligados ao vereador são alvos de busca Endereços ligados ao vereador são alvos de busca (Renan Olaz, Maria Eduarda Reis/CMRJ - 13/12/2023)

A Polícia Federal realiza nesta segunda-feira (29) uma operação para investigar o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. O R7 apurou que um dos alvos da operação é o filho do ex-presidente e vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A reportagem apurou que a casa e o gabinete do parlamentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro são alvos das buscas. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A nova operação tem como foco descobrir os possíveis destinatários das informações supostamente obtidas ilegalmente pelo grupo, que monitorava autoridades brasileiras — entre eles, os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. 

A reportagem entrou em contato com a defesa do parlamentar e aguarda resposta. O espaço permanece aberto.

Na última quinta-feira (25), o deputado federal e ex-diretor-geral da agência Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi alvo de busca e apreensão. O gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados foi um dos endereços visitados pelos agentes. 

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Relembre o caso

Em 2023, a PF descobriu indícios do uso de mais ferramentas de espionagem ilegal por servidores da Abin — entre elas um programa de invasão de computadores que permitia acesso a todo o conteúdo privado dos alvos. Os softwares foram encontrados nos equipamentos apreendidos durante as buscas. As informações foram repassadas à RECORD por uma fonte da corporação.

A suspeita é de que os investigados usavam “técnicas que só são permitidas mediante prévia autorização judicial”.

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Em 20 de outubro do ano passado, a PF revelou que um sistema de geolocalização da Abin para dispositivos móveis, como celulares e tablets, teria sido usado em monitoramentos ilegais por servidores mais de 30 mil vezes em dois anos e meio. Entre os alvos da espionagem irregular estariam ministros do Supremo Tribunal Federal, jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Na época, a PF também cumpriu 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo, em Santa Catarina, no Paraná e em Goiás. Os agentes encontraram US$ 171 mil em espécie na casa de um dos suspeitos, em Brasília. O ministro do STF Alexandre de Moraes também determinou o afastamento de outros cinco funcionários da Abin.

Na quinta (25), os agentes apreenderam celulares e notebooks no apartamento funcional do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) . O R7 apurou que um notebook e um celular ainda pertencem à Abin. Ramagem é um dos alvos de uma operação que investiga o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas do órgão.

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A apuração aponta indícios de que Ramagem continuou recebendo informações de dentro da Abin mesmo após deixar o comando do órgão. O gabinete do parlamentar foi um dos locais onde os agentes fizeram buscas, assim como endereços de outras pessoas no DF, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A casa e o escritório do deputado também foram alvos da ação. Ramagem deve prestar depoimento na sede da PF.

A PF também suspendeu sete policiais federais do exercício das funções públicas. As ações da última quinta-feira (25) fazem parte das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023.

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