Defesa de ex-diretor da PRF diz que Moraes negou pedido de revogação da prisão preventiva
Em agosto, a Polícia Federal prendeu Silvinei Vasques por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A defesa do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques informou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a revogação da prisão preventiva dele. Em agosto, a Polícia Federal prendeu Vasques, em Santa Catarina, por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado.
Segundo a defesa, chamou atenção o fato de o ministro não ter apreciado alguns pontos e manifestado um "ar de incredulidade, eis que a decisão não se coaduna com o prestígio que ele goza junto à comunidade jurídica nacional e internacional".
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De acordo com as investigações, integrantes da PRF teriam usado recursos humanos e materiais para dificultar o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição de 2022, a mando do então diretor-geral.
Para a PF, os supostos crimes teriam sido planejados no início de outubro daquele ano, e, no dia do segundo turno, foi realizado um patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.
No processo, a defesa alegou que os argumentos usados pela PF no pedido de prisão não cumprem os requisitos da decretação de prisão preventiva, mas Moraes discordou dessa justificativa.
Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, listados no Código Eleitoral.