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R7 Brasília

Defesa de ex-assessor de Bolsonaro pede revogação da prisão

Para advogado, não há no processo qualquer evidência de que o coronel monitorou uma ou várias autoridades

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Marcelo Câmara foi preso na semana passada
Marcelo Câmara foi preso na semana passada Foto: Reprodução/Linkedin

A defesa do ex-ajudante de ordens da Presidência da República Marcelo Câmara pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a revogação da prisão e a substituição do ministro Alexandre de Moraes para julgar o caso. Além disso, solicitou acesso ao inquérito. Marcelo foi preso em operação da Polícia Federal na semana passada que cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal.

A Operação Tempus Veritatis investiga a suposta organização de um golpe de Estado em 2022 em prol do candidato derrotado e ex-presidente Jair Bolsonaro, com a participação de ex-assessores, militares e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Segundo a PF, Câmara foi responsável por uma operação de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes com a ideia final de prendê-lo para tentar dar um golpe de Estado.

De acordo com a defesa, não há no processo qualquer evidência de que o coronel se valeu de sistemas informatizados oficiais ou, ainda de forma paralela e/ou ilegal, para o monitoramento de uma ou várias autoridades.


“É algum crime acessar a agenda pública e compartilhar informações ali lançadas? Se a intenção fosse uma ação coordenada de ultra inteligência, faria sentido deixar rastros de acesso a informações públicas? Mais ninguém na República viajou neste dia e horário? Convenhamos: mais um disparate argumentativo que não merece o mínimo de credibilidade. Afinal, se existia um sofisticado monitoramento do Ministro Alexandre, se Alexandre é a “professora” e se os equipamentos eram tão sofisticados, como é que o Agravante não possuía o endereço de sua residência”, disse a defesa.

A defesa diz ainda que não foi apresentada motivação idônea capaz de indicar as razões pelas quais a prisão preventiva foi adotada.


Sobre a substituição de Moraes do caso, a defesa argumenta que Câmara foi preso preventivamente e está sendo investigado em razão do suposto monitoramento do paradeiro do ministro do STF.

“É clarividente o seu profundo e latente interesse no deslinde processual, uma vez que, no seu sentir, ele próprio foi objeto de suposto monitoramento”, disse.

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