Depoimentos de Mauro Cid à PF somam aproximadamente 33 horas; relembre os casos
Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro já foi interrogado sete vezes em diferentes inquéritos
Brasília|Do R7, em Brasília
![PF já ouviu tenente-coronel Mauro Cid sete vezes](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WO5JBFOQBFOXRGFFWP72OD64IQ.jpg?auth=1897397366b038a71fa2af5d802a88b33b1923f6a5d0dc3566722d464bf502ff&width=442&height=240)
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid ficou cerca de nove horas na sede da PF (Polícia Federal), em Brasília, para um novo depoimento nesta segunda-feira (11). Essa não foi a primeira vez que o tenente-coronel foi chamado para prestar esclarecimentos. Cid já foi interrogado pelos policiais federais sete vezes e chegou a fechar um acordo de delação premiada. O ex-integrante do governo Bolsonaro falou por aproximadamente 33 horas aos investigadores (veja relação abaixo).
Cid prestou esclarecimentos em diversos inquéritos, como o da suposta falsificação de cartões de vacina e o do caso da suposta venda ilegal de joias presidenciais.
Relembre depoimentos de Cid à PF
• 03/05/2023 - Não respondeu às perguntas.
Relembre: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid depõe à PF
• 18/05/2023 - Não respondeu às perguntas.
Relembre: Cid deixa a PF após ficar em silêncio em depoimento sobre suposta fraude em cartão de vacina
• 30/06/2023 - Não respondeu às perguntas
Relembre: Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, presta novo depoimento à PF
• 25/08/2023 - cerca de duas horas
Relembre: Mauro Cid presta novo depoimento à PF em investigação que apura invasão dos sistemas do CNJ
• 28/08/2023 - cerca de dez horas
Relembre: Mauro Cid deixa sede da Polícia Federal após novo depoimento
• 31/08/2023 - cerca de 12 horas
Relembre: Ao contrário de Bolsonaro e Michelle, Cid e pai respondem a questionamentos da PF
• 11/03/2024 - cerca de nove horas
Relembre os casos
• Cartão de vacina e dados suspeitos
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ...
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ), em 2022. Foram presos na operação Mauro Cid e Luis Marcos dos Reis, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro; Max Guilherme de Moura e Sergio Cordeiro, seguranças do ex-presidente; Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022; e João Carlos de Souza Brecha, secretário da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ).
Em uma operação realizada em 3 de maio de 2023, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso por supostos dados falsos no cartão de vacinação do ex-presidente e da filha dele. Na ocasião, o tenente-coronel foi convocado para depor por duas vezes, em 3 e 8 de maio. Ele ficou calado todas as ocasiões.
• Invasão ao CNJ e "hacker da Vaza Jato"
Em agosto, o nome de Mauro Cid apareceu nas investigações da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para a inserção de um documento falso, que pedia a prisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Pedidos de indiciamento da CPMI do 8 de janeiro
Pedidos de indiciamento da CPMI do 8 de janeiro
Ele compareceu ao prédio da PF duas vezes. Na primeira, em 25 de agosto, o sistema da corporação falhou e não registrou o depoimento. Ele retornou à sede em 28 de agosto, uma segunda-feira, para ser ouvido pela segunda vez.
• Depoimento de 2024
No depoimento desta segunda-feira (11), Cid foi questionado sobre suposta tentativa de golpe de Estado, em meio às eleições de 2022.
O militar chegou ao local por volta das 15h e o depoimento adentrou a noite.
As declarações de Cid são consideradas peças-chave. Oobjetivo é cruzar as informações com o que foi dito por outros investigados, entre eles, o general Freire Gomes, um dos comandantes do Exército, que relacionou as minutas do golpe diretamente a Bolsonaro — algo nunca mencionado pelo tenente-coronel.
Saiba mais: Entenda como funciona um acordo de delação premiada, como o fechado por Mauro Cid
Mauro Cid não pode mentir e nem deixar de responder às perguntas, devido ao acordo de colaboração premiada.