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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid depõe à PF

Tenente-coronel do Exército Brasileiro foi preso nesta quarta-feira (3) por suspeita de fraude em dados vacinais nos sistemas oficiais

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Mauro Cid (de farda verde) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
Mauro Cid (de farda verde) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro Mauro Cid (de farda verde) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid depõe à Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (3), após ter sido preso durante a operação realizada nesta manhã pela corporação.

A informação foi confirmada à reportagem do R7 por fontes da corporação. A operação investiga a atuação de um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

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Durante a ação, agentes da PF apreenderam US$ 35 mil e R$ 16 mil em espécie na casa de Cid, em Brasília. Outros dois ex-assessores de Bolsonaro – Sérgio Cordeiro e Max Guilherme – também foram presos.

Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (PL) também foi alvo da operação da PF. Em entrevista a uma rádio, o ex-presidente disse que a ação tinha a intenção de "esculachá-lo" (sic), mas ressaltou que foi tratado com cortesia pelos agentes da PF.

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"Não há dúvida que eu chamo de operação para te esculachar. Podiam perguntar sobre vacina, cartão, eu responderia sem problema nenhum. Agora uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a presidência até agora, não sei quando isso vai acabar. O que eu fico emocionado é que mexer comigo sem problema, mas quando vai para a esposa, para filhos, aí o negócio, é desumano", afirmou.

"Por volta das 6h15 da manhã, eu já estava acordado, eu acordo por volta de 4h30, no máximo 5h, e tocou a campainha. Já procurei saber o local adequado, quem estava lá fora, não ia abrir a porta da minha casa só porque tocou a campainha 6h15 da manhã. Veio o pessoal uniformizado, daí certifiquei que eram policiais mesmo", contou.

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Na sequência, Bolsonaro chegou a dizer que sentiu que policiais federais que estavam trabalhando durante a operação se sentiram constrangidos com a situação. "Abri a porta, convidei para entrar e fui tratado muito bem. Em nenhum momento houve exagero, voz mais alta, falta de educação, muito pelo contrário. Acredito até que eu senti constrangimento em alguns policiais federais. Foram corteses comigo."

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O ex-presidente relatou também que ligou para seu advogado e informou aos agentes que não existem senhas para entrar em seu celular, que foi apreendido pela PF. "O [celular] da Michelle [Bolsonaro] foi visto lá, tem reconhecimento facial, e deixaram com ela", disse.

"Houve apreensão de pistola minha, mas aí eu falei para o policial que, quando eu cheguei ao Brasil, tinha dois carros blindados. O que eu apurei é que foi ordem direta do presidente Lula para tirar carro blindado de mim. Eu não posso ficar na minha casa desarmado. É um local que o condomínio não oferece a devida segurança. Então, peço a vocês uma providência se é possível ficar com a minha pistola ou não. Vocês já sabem qual a numeração, certinho", relatou. Segundo o ex-presidente, os agentes não apreenderam a pistola. 

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