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Deputado aliado diz que Bolsonaro 'ficou pequeno' após carta

Alvo do inquérito das fake news, Otoni de Paula afirmou: 'Leão que não ruge vira gatinho'

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) afirmou que o presidente "ficou pequeno" após carta assinada por ele que foi publicada no site do governo federal. O parlamentar é defensor ferrenho do mandatário, e é investigado no inquérito das fake news, que apura informações falsas e desinformação sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e os ministros da corte.

"Estamos vivendo uma ditadura da toga e o povo foi para rua gritar. E, infelizmente, os conselheiros do presidente Bolsonaro o apequenaram. Infelizmente, os conselheiros do presidente o tornaram pequeno. Leão que nao ruge vira gatinho. E é isso que estão tentando transformar o grande leão dessa República. [...] Lamento, presidente, o senhor ficou pequeno", afirmou.

Após convocar a população para as manifestações do 7 de Setembro, a favor dele e contra os outros poderes (em especial o Judiciário, cujo órgão máximo é o STF), Bolsonaro deu um passo para trás. O governo federal divulgou nesta quinta-feira (9) uma manifestação assinada por ele, na qual nega intenção de agredir os outros poderes. Em discurso na terça-feira, entretanto, Bolsonaro afirmou que as manifestações eram um "ultimato" a ministros do STF e elevou ainda mais o tom.

O discurso agrada a sua base, mas gerou ampla repercussão negativa no Congresso e no STF. Deputados de partidos que integram o chamado "centrão", que é a base de sustentação de Bolsonaro hoje, começaram a discutir efetivamente a viabilidade de passar um processo de impeachment contra o mandatário. O presidente do STF, Luiz Fux, fez uma declaração muito mais dura do que outras feitas por ele no âmbito da escalada autoritária de Bolsonaro. 

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Bolsonaro também instigou a paralisação de caminhoneiros, o que gera enorme prejuízo econômico. Otoni de Paula criticou Bolsonaro, principalmente pelo fato de a carta ter sido elaborada pelo ex-presidente Michel Temer, com quem o mandatário se reuniu nesta quinta-feira. O deputado afirmou que Temer é o responsável pelo "déspota Alexandre de Moraes em uma das cadeiras do STF".

"O presidente assina a nota do pai do déspota. Sim, o presidente permite que a redação seja do pai daquele que colocou o ditador da toga naquela cadeira", afirmou, ressaltando que a nota o entristeceu, por ser uma pacificação apenas de um lado.

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