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R7 Brasília

Deputados denunciam conflito de interesses na indicação de Prates para a Petrobras

Em ofício enviado à CGU, parlamentares apontam vínculo do ex-senador com duas empresas do setor de óleo, gás e petróleo

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, e Clébio Cavagnolle, da Record TV

Ex-senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi indicado por Lula para chefiar a Petrobras
Ex-senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi indicado por Lula para chefiar a Petrobras

Nove deputados da oposição questionaram, na terça-feira (7), junto à Controladoria-Geral da União (CGU), a indicação do ex-senador Jean Paul Prates (PT/RN) para a presidência da Petrobras. Eles argumentam que Prates tem ligações com, ao menos, duas empresas que atuam no setor de óleo, gás e petróleo. O ex-senador petista foi indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. 

De acordo com o documento, Prates está vinculado às empresas Carcará Petróleo — que tem como atividade a extração de petróleo e gás natural — e Bioconsultants Consultoria em Recursos Naturais e Meio Ambiente Ltda., especializada em recursos naturais e meio ambiente, da qual o ex-senador é sócio por meio de uma holding, a Singleton Participações Imobiliárias.

O ofício é assinado pelos deputados Deltan Dallagnol (Podemos-PR), Adriana Ventura (Novo-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Alfredo Gaspar (União-AL), Alexandre Guimarães (Republicanos-TO), Luiz Lima (PL-RJ), Maurício Marcon (Podemos-RS), Joaquim Passarinho (PL-PA) e Marcel Van Hatten (Novo-RS).

A reportagem entrou em contato com a equipe do ex-senador e ainda não obteve posicionamento em relação à denúncia. O espaço segue aberto para manifestação.


Conselho de Administração

O conselho de administração da Petrobras aprovou, por unanimidade, em 26 de janeiro, a nomeação de Prates para presidente da companhia. Agora, o nome do indicado precisa ser validado pela assembleia geral de acionistas. 

Além de nomeado para a presidência, Prates foi indicado para integrar o conselho de administração da Petrobras. Seu nome havia sido aprovado durante análise interna por parte dos comitês de elegibilidade e de pessoas.

Prates era o principal cotado para assumir o comando da estatal. O parlamentar participou ainda do grupo técnico de minas e energia da equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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