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R7 Brasília

Desfile militar e homenagens: veja o roteiro do 7 de Setembro na Esplanada

São esperadas 30 mil pessoas para o desfile, que vai começar a partir de 9h desta quinta-feira; segurança será reforçada

Brasília|Hellen Leite e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Cerca de 2.000 militares devem participar neste ano
Cerca de 2.000 militares devem participar neste ano

O Dia da Independência do Brasil será celebrado em Brasília com o Desfile Cívico de 7 de Setembro, com início previsto para as 9h, e terá como slogan "Democracia, Soberania e União". A Presidência prevê que o evento reúna cerca de 30 mil pessoas. A segurança será reforçada em toda a área da Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes.

O desfile contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não confirmou a participação. Ele passará o feriado em Alagoas, seu reduto eleitoral.

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A programação terá cerca de duas horas de duração e será composta de quatro eixos temáticos: paz e soberania; ciência e tecnologia; saúde e vacinação; e defesa da Amazônia.

Na tribuna de honra do presidente estarão cerca de 200 convidados. Neste ano, ao todo, devem participar do desfile a pé cerca de 2.000 militares, sendo aproximadamente 600 da Marinha, 1.000 do Exército e 400 da Aeronáutica.


Durante a montagem do desfile, ocorreu um acidente em que um trabalhador morreu e outros três ficaram feridos.

Confira o roteiro do Desfile da Independência

1 - Abertura com a Fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas (1º RCG), os Dragões da Independência e o coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília, que executarão o Hino Nacional Brasileiro e o Hino da Independência;


2 - O comandante militar do Planalto, o general de divisão Ricardo Piai Carmona, apresentará toda a tropa ao presidente da República e solicitará autorização para dar início ao desfile;

3 - O medalhista de ouro no boxe na Olimpíada de Tóquio-2020, o terceiro-sargento Hebert Conceição, vai começar o desfile conduzindo o fogo simbólico da Pátria;

4 - Em seguida, com o tema "Com Educação se constrói um país", a Secretaria de Educação do Distrito Federal apresentará, no desfile escolar, mais de 550 alunos de escolas públicas e projetos sociais do DF;

5 - Fechando o grupamento escolar, as bandeiras (do Brasil, dos estados e do Distrito Federal) serão conduzidas por estudantes do Centro Educacional 619 de Samambaia;

6 - Início do desfile militar;

7 - A Marinha abrirá o desfile com a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, seguida pelo capitão de mar e guerra (FN) Heringer, comandante do subgrupamento da Marinha e seu Estado-Maior. O desfile da Marinha contará também com os aspirantes da Escola Naval do Rio de Janeiro, com militares do 7º Distrito Naval da área de Brasília, com fuzileiros navais de Brasília e com militares de Operações Especiais do Rio de Janeiro.

8 - Em seu desfile motorizado, a Marinha apresentará um total de 14 viaturas dos seguintes tipos: carros Lagarta Anfíbios (CLANF), lançadoras do Sistema Astros, blindadas Piranha IIIC e M113, blindadas especiais JLTV, Marruá com mísseis Mistral e obuseiros 105mm L118 Light Gun, além de motos Harley-Davidson.

9 - No desfile aéreo, também haverá 12 aeronaves, sendo nove helicópteros Esquilo/Fennec (HA-1A), dois helicópteros Pantera K2 (HM-1A) e outro HM-4 Jaguar.

10 - Haverá, ainda, uma apresentação aérea, que, neste ano, será composta das aeronaves KC-130 Hércules, A-1M, E-99, R-99, KC-390 Millennium e o F-39 Gripen. São vetores aéreos que atuam na defesa e integração do território nacional, por meio das ações de transporte aerologístico, reabastecimento em voo, ataque, reconhecimento aéreo, controle e alarme em voo, combate a incêndio em voo, defesa aérea e policiamento do espaço aéreo.

11 - Em complemento, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), mais conhecido como Esquadrilha da Fumaça, também fará uma apresentação especial nos céus de Brasília. O grupo é composto de sete aeronaves A-29 Super Tucano, de fabricação nacional.

12 - Na sequência, desfilarão alunos do Colégio Militar Tiradentes da Polícia Militar do Distrito Federal e militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF), que farão uma apresentação com a sua Banda de Música.

13 - Em seguida, desfilarão o Colégio Militar Dom Pedro II, a Academia de Bombeiro Militar, o grupamento feminino e os pelotões de Comando Especializado e de Unidades Multiemprego.

14 - O desfile motorizado do CBM-DF contará com viaturas autorrápido florestal e tipo autossalvamento e extinção, motos de resgate, autobombas tanque, destacamento motomecanizado, entre outros. Já o desfile aéreo do CBM-DF contará com um helicóptero EC-135 e a aeronave Air Tractor.

15 - O tradicional show aéreo da Esquadrilha da Fumaça ocorrerá no fim do desfile. Como nos anos anteriores, a Pirâmide Humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília também será uma das atrações finais do 7 de Setembro. O desfile hipomóvel encerra a solenidade com a passagem do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda, os Dragões da Independência.

'Democracia, Soberania e União'

As comemorações da Independência do Brasil têm como pano de fundo a disputa política entre o governo e a base do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto o atual chefe do Executivo sustenta um discurso de que a data é de todos os brasileiros, a oposição pede aos apoiadores que fiquem em casa, com o objetivo de esvaziar a festa organizada pela gestão petista.

Lula quer 'fazer um 7 de Setembro de todos'
Lula quer 'fazer um 7 de Setembro de todos'

Na última terça (5), Lula afirmou esperar que o desfile seja uma festa pacífica e comentou que a data acabou sendo apoderada pelos militares, mas disse que quer "fazer um 7 de Setembro de todos".

"Todo país do mundo tem na festa da Independência uma grande festa. O que aconteceu no Brasil é que, como nós tivemos durante 23 anos um regime autoritário, a verdade é que os militares se apoderaram do 7 de Setembro, deixou de ser uma coisa da sociedade como um todo. O que estamos querendo fazer agora, com a participação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, é voltar a fazer um 7 de Setembro de todos", disse o presidente.

Manifestações

As forças de segurança do Distrito Federal monitoram possíveis protestos de grupos opositores ao presidente Lula na Esplanada dos Ministérios. Oficialmente, nenhuma manifestação está programada para a capital federal. Dois dias antes do desfile, o governador Ibaneis Rocha (MDB) suspendeu as férias do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

A medida tem o objetivo de evitar que o secretário esteja de folga em um grande evento na capital. Ao contrário do que ocorreu em 8 de janeiro, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes e o então chefe da pasta, Anderson Torres, estava de férias.

Também não há perspectivas de protestos da oposição no Dia da Independência em outros estados do Brasil. O PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro e comandada por Valdemar Costa Neto, informou que não deve promover eventos na data.

No início do mês, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), uma das lideranças da oposição no Congresso, afirmou que deve ficar em casa no Dia da Independência. "Não há o que comemorar", afirmou o parlamentar.

Em publicação nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também disse que "a direita não estará presente em desfiles" e convocou aliados a doar sangue no 7 de Setembro, como um ato cívico.

G20

Após o desfile de 7 de Setembro, ainda nesta quinta (7), o presidente Lula viaja para Nova Déli, capital da Índia, para participar da 18ª Cúpula do G20, grupo que reúne as nações mais desenvolvidas do mundo. No evento, realizado nos dias 9 e 10, o Brasil vai ser anunciado oficialmente pela primeira vez como o próximo país a assumir a presidência do G20.

Na cúpula, Lula vai defender temas que estão no centro da agenda do governo, como desenvolvimento sustentável, combate à desigualdade e proteção ao meio ambiente. O presidente também vai argumentar em favor de solução para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.

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