DF registra 35 mortes por dengue em uma semana e chega a 270 desde o começo do ano
São 224.935 casos prováveis da doença, sendo 8.027 apresentando sinais de alarme, como dores abdominais, vômitos e sangramentos
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O Distrito Federal chegou nesta terça-feira (16) a 270 mortes por dengue em 2024, sendo 35 em uma semana. Outras 48 estão sendo investigadas. Esse número representa quase 20% das mortes no Brasil pela doença. O DF é a unidade da federação com o segundo maior número de óbitos de dengue, atrás apenas de São Paulo, que tem 276. O Brasil confirmou 1.385 mortes desde o começo do ano e 3,289 milhões de casos prováveis.
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De acordo com o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Saúde), até esta terça o DF teve 224.935 casos prováveis da doença, com 8.027 apresentando sinais de alarme, como dores abdominais, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico) e sangramento de mucosa, entre outros.
O DF tem 14 vezes mais mortes registradas neste ano do que em 2023. Só em dezembro foram 11. Esse número apresentou uma leve queda no mês seguinte, quando foram confirmados seis óbitos, mas voltou a subir para 72 em fevereiro e para 127 em março. Confira no infográfico abaixo.
Ceilândia segue sendo a região administrativa com o maior número de casos absolutos (29.103). Samambaia (13.349), Santa Maria (12.786), Taguatinga (10.902) e Sol Nascente/Pôr do Sol (8.913) aparecem em seguida. As cinco regiões concentram 34% dos casos prováveis de todo o DF.
Quando se trata de taxa de incidência, Brazlândia aparece em primeiro. São 13.483,35 casos de dengue por 100 mil habitantes. Estrutural (9.925,78) e Santa Maria (9.643,84) vêm a seguir.
A maioria dos pacientes de dengue é mulher (54%), e a faixa etária com mais casos da doença é de 20 a 29 anos, seguida por 40 a 49 anos e 30 a 39.
Menor letalidade da doença
Diante da explosão de casos de dengue em 2024, com 3,2 milhões de casos prováveis, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta terça-feira (16) que a doença tem matado menos. “Os dados de letalidade mostram uma redução em relação ao ano passado. O mais importante para nós é evitar mortes”, disse durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.