Distrito Federal vai montar hospital de campanha da aeronáutica para atender casos de dengue
Expectativa é que unidade tenha pelo menos 60 leitos; local e data ainda não foram definidos
Brasília|Yuri Achcar, da RECORD; Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
O governo do Distrito Federal, em parceria com a Força Aérea Brasileira, vai montar um hospital de campanha para atender os casos de dengue. A medida foi anunciada pelo governo na manhã desta quinta-feira (1º) devido ao alto número de atendimentos nas tendas provisórias. Segundo a Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, por dia as nove tendas montadas chegam a receber 1500 pessoas, sendo que pelo menos 30% delas precisam de hidratação venosa.
A expectativa é que o hospital seja montado em Ceilândia, contudo, ainda nesta tarde será feito uma reunião entre administradores e a pasta para definir estratégia. A operação do Hospital ficará por conta da Aeronáutica, mas a Secretaria de Saúde pode ajudar no atendimento com insumos.
Em um mês, o DF já registrou 30,3 mil casos prováveis da doença, um aumento de mais de 920% em relação ao mesmo período do ano passado. Deste número, a capital do país registrou 511 casos de dengue com sinais de alarme, seis mortes confirmadas e 24 ainda em investigação.
Segundo a Secretaria de Saúde, as piores regiões da capital do país são Ceilândia, Pôr do Sol e Sol Nascente. Nas medidas em combate ao mosquito, o DF Legal criou uma força tarefa para atender as denúncias de descarte irregular de lixo e o Serviço de Limpeza Urbana já recolheu mais de 40 toneladas de entulhos.
No entanto, mesmo com medidas, o governo ainda registra a prática irregular. Por isso, o GDF decidiu multar quem jogar lixo nas áreas públicas e os moradores que não abrem a casa para os agentes de saúde, bombeiros e militares que conferem os focos do mosquito.
Secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha explica que depois da decisão da Justiça que autorizou a entrada de agentes que combatem à dengue nos imóveis abandonados, fechados ou com recusa do proprietário, o número de pessoas que negam o atendimento dos profissionais nos focos do mosquito dentro das casas caiu de 10% para 2%.