O diplomata dono do cão que atacou e matou um yorkshire em um endereço nobre de Brasília em 19 de julho foi aposentado por invalidez. A decisão foi publicada em uma portaria do Ministério das Relações Exteriores no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (1°). Nas filmagens (veja no vídeo acima), João Carlos de Oliveira Maregola puxa o animal maior, que arrasta o menor, mas não tenta parar o ataque. O incidente envolvendo os animais aconteceu no fim da manhã de uma terça-feira. O dono do yorkshire, um idoso, chegou a se deitar sobre os dois animais, na tentativa de separá-los, mas não conseguiu e foi puxado por outras pessoas. O cachorro maior, da raça galgo-africano, agarrou o pescoço do menor e o arrastou ao ser puxado pelo diplomata. Testemunhas filmaram a confusão. Tanto o dono do yorkshire quanto o diplomata passeavam com os cães quando o incidente aconteceu. O bicho menor morreu na hora. Outras pessoas ainda tentaram separar os animais. Uma das moradoras, Adriana Alcântara, contou à Record TV que o cachorro de grande porte era agressivo e não usava focinheira. "Ele [yorkshire] nunca teve nenhum problema no condomínio [...]. Ele era muito tranquilo, mas teve a infelicidade de cruzar com um cachorro violento e o proprietário negligente", relatou à época. Segundo ela, confrontado por testemunhas, o diplomata saiu, retornou armado com uma faca e teve de ser imobilizado pelas pessoas. Segundo a Polícia Civil, o tutor do cão pode ser indiciado por "omissão de cautela de animal bravio e lesão corporal culposa", praticada contra o idoso que tentou separar os cães.