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Diplomata ucraniano pede ao Brasil que corte relações com a Rússia

Anatoliy Tkach defende que fazer negócios com Rússia agora significa apoiar a guerra contra a Ucrânia e financiar os ataques

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Anatoliy Tkach é o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil
Anatoliy Tkach é o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil

O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, pediu nesta terça-feira (1º) ao país que rompa as relações comerciais com a Rússia por causa da invasão do território ucraniano. Segundo o diplomata, quem continuar fazendo negócios com os russos estará financiando a guerra e contribuindo para os ataques militares.

"Apelamos a todos para cortar os laços comerciais com a Rússia, todos os laços. Fazer negócios com a Rússia agora significa financiar agressão, crimes de guerra, desinformação e ataques cibernéticos, e mesmo o líder russo, Vladimir Putin", frisou Tkach, em entrevista coletiva.

O diplomata reforçou o pedido para que o Brasil se posicione de forma mais clara sobre a guerra, visto que ainda não houve nenhuma declaração do presidente Jair Bolsonaro em que condena a invasão russa. Por enquanto, o presidente tem dito que vai se manter neutro diante do conflito, para evitar que a relação comercial do Brasil com a Rússia seja prejudicada.

"Nós sabemos quem é o agressor e quem é a vítima. Não entendo como a imparcialidade pode se aplicar nessa situação. Eu acho que poderia começar com uma palavra de solidariedade com a Ucrânia", ponderou Tkach. "Gostaríamos de uma posição mais forte do Brasil. Uma posição de apoio [à Ucrânia] e uma posição de condenação da Rússia", acrescentou.


O encarregado de negócios disse que a concessão de vistos humanitários aos ucranianos que querem fugir da guerra, como anunciado por Bolsonaro nesta segunda-feira (28), é algo positivo, mas não deve ser suficiente para cessar a guerra, reforçando que o Brasil precisa retaliar a ação da Rússia de alguma forma.

"É um gesto de hospitalidade, agora os ucranianos têm mais um lugar para onde ir. Mas, para parar a agressão, nós precisamos fazer uma pressão sobre o agressor. E essa pressão é o que muitos outros países já estão adotando, cortando os laços e isolando a Rússia."

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