Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Diretor-geral da PF diz que vai colaborar com a Polícia Civil no caso da execução de médicos no RJ

Três profissionais da saúde foram assassinados a tiros nesta quinta-feira; um deles era irmão da deputada Sâmia Bomfim

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, com Natália Martins, da Record TV

Médicos foram assassinados no Rio de Janeiro
Médicos foram assassinados no Rio de Janeiro

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou ao R7 que a Superintendência do Rio de Janeiro vai colaborar com a Polícia Civil do estado nas investigações sobre a execução de três médicos, na Barra da Tijuca (RJ), na madrugada desta quinta-feira (5). Inicialmente, a corporação não deve abrir um inquérito (entenda mais abaixo) sobre o caso.

Os médicos assassinados são Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim. Informações preliminares mostram que as vítimas estavam em um quiosque da região quando foram alvejadas por disparos de arma de fogo efetuados por ocupantes de um automóvel. Uma quarta vítima foi socorrida e levada para um hospital e está em estado grave.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram


A PF entrou no caso após determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Isso porque, segundo o titular, há uma hipótese de eventual relação do crime com a atuação de dois parlamentares federais. Diego Bomfim é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que é casada com o também deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

"Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares", disse Dino nas redes sociais.


Inicialmente, a PF não deve abrir um inquérito para apurar o caso. A medida vai ser tomada apenas se houver indícios de crime de competência federal, ou seja, se tiver possibilidade de ter motivação ou ligação com o mandato dos parlamentares. Neste momento, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, está indo para o Rio de Janeiro para se inteirar do caso e auxiliar em decisões.

Já Dino e o diretor-geral da PF estão indo, também neste momento, para a Bahia, que vive uma onda de violência. Na última segunda-feira (2), o ministro da Justiça anunciou a liberação de R$ 43 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para o estado. A princípio, o titular afirmou que o aporte era de R$ 20 milhões, mas depois se corrigiu — outros R$ 23 milhões já tinham sido liberados, o que elevou os recursos destinados ao estado para R$ 43 milhões. O investimento é destinado, segundo o ministério, ao fortalecimento das instituições de segurança pública e defesa.

Diversas autoridades usaram as redes sociais para lamentar a morte dos médicos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou em "indignação". "Recebi com grande tristeza e indignação a notícia da execução de Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira. As vítimas estavam na cidade para um Congresso Internacional de Ortopedia. Minha solidariedade aos familiares dos médicos e à deputada Sâmia Bomfim e ao deputado Glauber Braga. A Polícia Federal, sob determinação do ministro Flávio Dino, está acompanhando o caso", afirmou Lula.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.