Distrito Federal registra 205 mortes e 194 mil casos de dengue no primeiro trimestre
Número de casos prováveis representa um aumento de 1.581,5% se comparado ao mesmo período do ano passado
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O Distrito Federal registrou 205 mortes causadas por dengue e 194.757 casos prováveis no primeiro trimestre do ano. Outros 55 óbitos estão sendo investigados. O número de casos prováveis representa um aumento de 1.581,5% se comparado ao mesmo período do ano passado. Ceilândia continua sendo a região administrativa com maior número de casos absolutos (26.455). Santa Maria (11.396), Samambaia (11.054), Taguatinga (9.841) e Sol Nascente/Pôr do Sol (8.082) estão atrás. Essas cinco regiões concentram 35% dos casos prováveis de todo o DF.
Quando se trata de taxa de incidência, entretanto, Brazlândia é a RA com os números mais altos. São 12.177,24 casos de dengue por 100 mil habitantes. Estrutural (8.870,93) e Santa Maria (8.595,44) são as seguintes.
Em todo o DF, nenhuma região administrativa tem taxa de incidência considerada baixa. Os menores números são do Jardim Botânico, SIA, Águas Claras, Park Way e Sudoeste/Octogonal com taxas médias. As outras RAs estão com altas taxas registradas.
A maioria dos pacientes de dengue é mulher (54%), e a faixa etária com mais casos da doença é de 20 a 29 anos, seguido por 40 a 49 anos e 30 a 39.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de incidência de casos, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás. O índice de letalidade no DF é 0,11 em casos prováveis, quase três vezes maior que o número nacional, com 0,04 e 6,10 em casos graves.
"Pior já passou"
A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou na terça-feira (2) que, em 8 unidades da federação, o "pior já passou" e os casos de dengue mostram tendência de queda. De acordo com a pasta, Acre, Amazonas, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima demonstram diminuição da doença. Apesar disso, Ethel afirma que é importante que a população mantenha a atenção e que "não acabou, ainda vamos ter casos de dengue acontecendo".
"A gente já atingiu o pico, mas a curva ainda tem que descer. Ainda temos umas semanas para essa queda, para entender se ela vai ser mais longa, se vai ser na mesma velocidade da subida", esclarece.