Doze profissionais de saúde embarcam para atuar em Território Yanomami
O reforço faz parte da Força Nacional do SUS e será alocado no hospital de campanha; voluntários também estão sendo escalados
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
Doze profissionais de saúde embarcaram, nesta segunda-feira (23), com destino a Roraima para atuar na situação de emergência de saúde pública de importância nacional no território Yanomami. O reforço faz parte da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e será alocado no hospital de campanha.
A declaração de emergência, decretada na sexta-feira (20), ocorre em razão dos graves casos de desnutrição e de malária que atingem a comunidade de indígenas ianomâmis. A partir da publicação, o Governo Federal fica autorizado a atuar com recursos humanos e insumos.
A equipe da Força Nacional escalada para atuar no caso embarcou por volta das 14h30 em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Além destes profissionais, o Ministério da Saúde lidera a convocação de voluntários para reforçarem os atendimentos aos ianomamis.
Dados do Unicef mostram que oito em casa dez crianças indígenas com menos de 5 anos na Terra Yanomami sofrem de desnutrição. O garimpo ilegal e a ausência de medicamentos e políticas de saúde agravam a situação da comunidade de 30 mil habitantes, localizada no meio da Floresta Amazônica.
Em visita ao território, no último sábado (21), o presidente Luiz Imácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo vai atuar para interromper o garimpo ilegal. "Mesmo que seja um trabalho que tem autorização da agência para fazer pesquisa, terá de fazer pesquisa sem destruir a água, sem destruir a floresta e sem colocar em risco a vida das pessoas que dependem da água para sobreviver", completou Lula.
O presidente estava acompanhado das ministras da Saúde, Nísia Trindade, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Após a visita, o governo federal exonerou diversos coordenadores da Saúde Indígena do Ministério da Saúde. As publicações saíram no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (23) e foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
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Foram exonerados os coordenadores distritais de Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste de Roraima, Alto Rio Juruá, Parintins, Cuiabá, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Porto Velho, Ceará, Bahia, Interior Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.