Circula na internet um texto com informações falsas sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que diz que o celular do magistrado teria sido invadido por um hacker e que o criminoso teria tido acesso à conta bancária dele.
De acordo com a publicação, o hacker teria identificado "desvio de R$ 60 milhões do fundo eleitoral do PT repassados em forma de propina" ao ministro. Por conta disso, Moraes teria trocado de número de celular.
No entanto, na Polícia Federal não corre nenhum inquérito para apurar a invasão ao celular do magistrado. Informações obtidas pelo R7 mostram que de fato o ministro trocou de chip de celular, mas isso ocorreu após o número anterior ter sido publicado nas redes sociais por manifestantes descontentes com o resultado das eleições.
O texto que circula na internet, que aparece com diversos erros de ortografia — característica comum de publicações criadas para espalhar boatos — afirma ainda que o ministro é investigado pelas Forças Armadas por supostamente favorecer Lula durante o processo eleitoral deste ano. Porém, além de a informação não ser verdadeira, não cabe às Forças Armadas investigar ministros do Supremo.
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De acordo com o artigo 52 da Constituição, a fiscalização sobre atos dos magistrados cabe ao Senado Federal, sendo a instituição responsável por "processar e julgar" os atos dos integrantes da corte. Além disso, cabe aos senadores a sabatina dos indicados a uma vaga na Suprema Corte pelo presidente da República.