Em congresso, estudantes da UNE pedem a Lula que revogue a reforma do ensino médio
Tema é avaliado pelo MEC; no evento, em Brasília, presidente disse que reivindicação da categoria é 'longa, árdua e apimentada'
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que revogue a reforma do ensino médio, tema que está sendo avaliado pelo Ministério da Educação. A solicitação foi incluída numa lista com demandas da categoria e entregue ao petista durante o 59° Congresso da UNE, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, nesta quinta-feira (13).
"Queremos a revogação imediata da reforma do ensino médio, e junto a isso um projeto de uma nova escola, superando esse modelo de ensino médio que não atende mais às nossas perspectivas", diz a entidade em comunicado.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
A UNE apresentou uma pauta de reivindicação longa%2C árdua e apimentada.
"Eu queria dizer, com muito orgulho, que somente num governo eleito por vocês é que a gente é capaz de cumprir essas pautas, porque continuamos afirmando que dinheiro aplicado em educação é investimento", completou.
Outras reivindicações apresentadas pela UNE foram programa de assistência estudantil, ampliação das moradias, retomada de obras paradas nos centros educacionais, aumento de investimento, respeito à autonomia e eleição indireta para reitores de universidades.
Novo ensino médio
No início de abril deste ano, o governo suspendeu o cronograma de implementação das regras. O novo ensino médio definiu uma nova organização curricular aos alunos e deu a eles a oportunidade de escolher quais disciplinas querem cursar de acordo com os seus objetivos para o futuro. Apenas as matérias de português e matemática passariam a ser obrigatórias durante os três anos, e as demais seriam definidas segundo áreas de conhecimento.
Barroso causou polêmica no congresso
Durante o congresso da UNE, na última quarta-feira (12), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso deu uma declaração polêmica. "Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e pela discordância, porque essa é a democracia que nós conquistamos. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas", disse.
Após a declaração, Barroso afirmou que se referia ao extremismo violento que se manifestou no 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas. O STF, por sua vez, argumentou que a declaração faz referência ao "voto popular", e não "à atuação de qualquer instituição".
De acordo com a Corte, foi uma breve intervenção sobre autoritarismo e discursos de ódio. Parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejam entrar com um pedido de impeachment do ministro.
















