'Mobilizamos todos os esforços', declarou Vieira
Joédson Alves/Agência Brasil - 05/10/2023O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou, nesta terça-feira (7), como "lamentável" e "moralmente inaceitável" o veto que a proposta brasileira para o cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas recebeu no Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU). O chanceler também criticou o que chamou de "paralisia" da ONU. O colegiado foi presidido pelo Brasil durante o mês de outubro.
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No dia 18 daquele mês, a resolução foi vetada pelos Estados Unidos, mesmo com os votos favoráveis de 12 dos 15 países que integram o conselho. Seriam necessários nove votos para a aprovação do texto. Os Estados Unidos, a França, a China, o Reino Unido e a Rússia, no entanto, têm poder de veto no grupo.
"Mobilizamos todos os nossos esforços para reverter a paralisia do principal órgão do sistema multilateral em favor de uma solução para a alarmante situação humanitária na região. É lamentável, além de moralmente inaceitável, que, uma vez mais, o Conselho de Segurança não tenha conseguido estar à altura do seu nobre mandato", lamentou o ministro.
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Vieira aproveitou para destacar o diálogo que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm tido com líderes de outros países. "Desde o início do ano, o presidente Lula já manteve encontros com mais de 60 chefes de estado ou de governo estrangeiros. Teve papel influente nas cúpulas do G20, do Brics e do G7 — esse último como país convidado — e nos esforços para a necessária reconstrução da unidade sul-americana", ressaltou.
"Em todos os meus contatos com interlocutores estrangeiros, tenho procurado ressaltar a solidez dos fundamentos da economia brasileira, o amplo potencial de investimentos no Brasil e o comprometimento do país com a sustentabilidade em suas três dimensões, econômica, social e ambiental, condição hoje incontornável para a atração de investimentos. Mas esse trabalho não poderá ser feito apenas pelo governo, e o setor privado terá muito a contribuir", completou o chanceler.