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Em dia de voto decisivo, oposição fortalece presença em julgamento da trama golpista

No quarto dia de julgamento, parlamentares da oposição aguardam com expectativa o voto de Fux

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Parlamentares da oposição comparecem ao julgamento da trama golpista buscando o voto do ministro Luiz Fux.
  • Líder da oposição, Luciano Zucco, destaca a importância do voto de Fux como uma "esperança jurídica".
  • Ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já votaram pela condenação de Jair Bolsonaro e outros réus, com placar parcial 2 a 0.
  • Dino enfatiza que decisões judiciais devem evitar enviar mensagens de impunidade para crimes políticos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Deputado Luciano Zucco compareceu ao julgamento nesta quarta Divulgação/ Agência Câmara

Na reta final do julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista, parlamentares da oposição compareceram à sessão desta quarta-feira (10) na esperança do voto do ministro Luiz Fux. Segundo o líder da oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS), a decisão do magistrado é uma “esperança jurídica no meio de uma condenação política”.

“Eu gostaria muito que vocês aguardassem o voto do ministro Fux. Como eu disse anteriormente, acreditamos que ele possa trazer alguma novidade”, disse o líder.


Além de Zucco, o deputado André Fernandes (PL-CE) acompanha o julgamento e afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo “injustiçado”. Ao comentar sobre a baixa expectativa do resultado, o parlamentar disse que não existe “estratégia” por parte da oposição e que comparece à sessão por “solidariedade” ao ex-presidente.

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A presença dos parlamentares é diferente do que foi visto na primeira semana do julgamento, quando nenhum representante da oposição compareceu ao STF (Supremo Tribunal Federal).


Assim como a defesa de parte dos réus, Zucco comentou, ainda, sobre o suposto cerceamento de defesa, nulidade processual e imparcialidade do julgamento.

“Nós não estamos falando aqui que somos contra quem depredou o patrimonio público. Inclusive já pagaram. Nós estamos falando aqui de um processo político contra o homem que está na liderança nas pesquisas, que luta contra o sistema, que não tem alguma prova de crime contra eles”, disse.


Apesar de não fazer críticas ao STF, como os demais, o deputado Tony de Paula (MDB-RJ) afirmou que espera que haja uma divergência no voto de Fux. Ao ser questionado sobre o projeto de anistia, o parlamentar disse acreditar que o texto não passe de forma ampla no Congresso, mas reforçou que defende penas “mais justas”.

Os votos

Nesta terça-feira (10), os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus do chamado núcleo crucial. Assim, o placar parcial é de 2 a 0.


A decisão, que será dada por maioria, ou seja, quando pelo menos três dos cinco ministros votarem no mesmo sentido, ainda precisa dos votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Durante a leitura do voto, Moraes começou com a análise das preliminares. A previsão era de que a leitura do relatório e o voto dele durassem três horas, mas passaram das cinco horas.

Já no fim de seu voto, Moraes resumiu o caso dizendo que “o Brasil quase volta a uma ditadura que durou 20 anos, porque uma organização criminosa constituída por um grupo político não sabe perder eleições”.

Além disso, o relator votou para manter a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O acordo de Cid vem sendo criticado por parte da defesa dos réus, que alegam que o militar foi coagido

Na sequência, Dino ressaltou que decisões judiciais não devem enviar mensagens de impunidade. Isso, segundo o ministro, resultaria na mensagem de que se poderia praticar crimes sem punição.

“Esses crimes já foram declarados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal como insuscetíveis de indulto, anistia, portanto, dessas condutas políticas de afastamento ou de extinção da punibilidade”, apontou.

Perguntas e Respostas

Qual é o contexto do julgamento da trama golpista?

O julgamento do núcleo crucial da trama golpista está em sua reta final, com parlamentares da oposição presentes na sessão em busca do voto do ministro Luiz Fux.

O que disse o líder da oposição sobre o voto de Fux?

Luciano Zucco, líder da oposição, expressou que a decisão de Fux representa uma “esperança jurídica no meio de uma condenação política” e pediu que todos aguardassem o voto do ministro, acreditando que ele poderia trazer novidades.

Como os parlamentares da oposição estão se posicionando em relação ao julgamento?

André Fernandes, deputado da oposição, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo “injustiçado” e que sua presença na sessão é por “solidariedade” ao ex-presidente, sem uma estratégia definida.

Como foi a presença da oposição nas primeiras semanas do julgamento?

Diferente da primeira semana do julgamento, quando nenhum representante da oposição compareceu ao STF, agora há uma maior presença de parlamentares.

O que foi comentado sobre o processo e a defesa dos réus?

Zucco mencionou questões como cerceamento de defesa e imparcialidade do julgamento, destacando que não estão defendendo quem depredou o patrimônio público, mas questionando um processo político contra alguém que lidera as pesquisas sem provas de crime.

Qual é a expectativa em relação ao voto de Fux?

O deputado Tony de Paula espera uma divergência no voto de Fux, embora não critique o STF como outros. Ele também comentou sobre a possibilidade de um projeto de anistia, acreditando que não passará de forma ampla no Congresso, mas defende penas “mais justas”.

Qual é o placar atual do julgamento?

Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de Jair Bolsonaro e outros sete réus, resultando em um placar parcial de 2 a 0.

O que foi destacado na leitura do voto de Moraes?

Moraes, durante a leitura do voto, analisou preliminares e resumiu o caso afirmando que “o Brasil quase volta a uma ditadura que durou 20 anos” devido a uma organização criminosa que não aceita perder eleições.

O que foi dito sobre a delação de Mauro Cid?

Moraes votou para manter a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que está sendo criticada pela defesa dos réus, que alegam coação.

Qual foi a posição de Dino sobre decisões judiciais?

Dino enfatizou que decisões judiciais não devem transmitir mensagens de impunidade, afirmando que certos crimes são insuscetíveis de indulto ou anistia, conforme declarado pelo plenário do STF.

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