Em discurso de reeleição, Pacheco fala em pacificação do país e fim da 'polarização tóxica'
Senador pelo PSD foi reeleito presidente do Senado nesta quarta (1º); ele fica no cargo até 2024
Brasília|Do R7, em Brasília
Reeleito à presidência do Senado nesta quarta-feira (1º), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez um discurso em tom de pacificação política e disse que a "polarização tóxica precisa ser erradicada do país". "Os Poderes da República precisam trabalhar em harmonia, buscando consenso pelo diálogo", destacou.
Pacheco venceu o senador Rogério Marinho (PL-RN) por 49 votos contra 32 do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, em votação secreta. Ele precisava de, no mínimo, 41 votos para ser reconduzido. O senador mineiro permanece no cargo até 2024.
Em outro trecho do discurso, Pacheco citou os ataques de 8 de janeiro, em que extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, e disse que "o discurso golpista precisa ser erradicado". Ele também comentou o combate às fake news.
"Pacificação não significa omissão nem inflamar a população com narrativas inverídicas, tampouco com soluções aparentes que geram instabilidade institucional. Pacificação é abandonar o discurso do 'nós contra eles' e entender que o Brasil é imenso, mas é um só", destacou.
Pacheco também disse que o Legislativo vai buscar soluções para o combate à fome e à desigualdade social. Além disso, reforçou compromissos com a responsabilidade ambiental e disse que vai colaborar com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Queremos construir pontes, não esperem de nós menos do que isso", enfatizou.
O presidente do Senado já era favorito a vencer a eleição, mas viu a candidatura de Marinho, apoiada por PL, PP e Republicanos, crescer nas últimas duas semanas. Na última hora, o senador do Rio Grande do Norte ganhou o apoio do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que desistiu de disputar a Presidência do Senado e declarou apoio a Marinho.