O governador Ibaneis Rocha (MDB), na companhia do secretário de Planejamento, Ney Ferraz, mostrou nesta terça-feira (30) ao senador Omar Aziz (PSD-AM) que a mudança aprovada pelos deputados na forma de repasse do Fundo Constitucional do DF (FCDF) pela União pode causar um tombo no orçamento local de até R$ 87 bilhões nos próximos dez anos. Ao fim do encontro, Aziz disse à reportagem da RecordTV que defenderá a preservação dos recursos. "Vamos trabalhar para isso", afirmou o senador. Os dois se reuniram pela manhã no apartamento de Omar Aziz, na Asa Sul. Participaram do encontro dois senadores do DF, Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros, (PDT), além do senador Eduardo Gomes (PL-TO) e do deputado Alberto Fraga, do PL do Distrito Federal. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Ibaneis saiu pela garagem sem falar com a imprensa. Mais tarde, publicou uma nota. Nela, afirmou que está em contato com senadores e líderes para mostrar a necessidade real de se preservar o Fundo Constitucional como ele é hoje. "O Fundo é a forma que a capital tem de garantir a segurança e os serviços básicos para todos", ressaltou. O governador do DF deve se encontrar com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda nessa semana. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará da reunião de líderes dos senadores na quinta-feira (1) e vai pedir rapidez na tramitação do projeto. Para Izalci, a pressa traz a oportunidade para negociar a manutenção do FCDF. "Para agilizar a votação do arcabouço vai ter que ceder alguma coisa. Vamos criar dificuldade. São muitas emendas. Tem audiência pública, comissões", exemplificou. A bancada brasiliense ainda busca a melhor solução para que o texto, se modificado pelos senadores, não tenha que voltar para a Câmara. Afinal, foram os deputados que aprovaram a primeira versão do projeto com uma emenda que incluiu o novo teto de reajuste do FCDF.Leia mais: Parlamentares do DF pressionam senadores para tirar fundo constitucional das regras fiscais "Não queremos que volte para a Câmara o texto alterado, o risco é muito maior. Prefiro que a gente aposte no Senado e resolva de uma vez por todas no Senado ou até mesmo com um veto do presidente Lula", defendeu Alberto Fraga.