Em ligação com Lula, Putin manifesta solidariedade ao Brasil em relação aos incêndios
Presidentes russo e brasileiro conversaram também sobre a proposta de paz para o conflito na Ucrânia
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na manhã desta quarta-feira (18), telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin. De acordo com comunicado, elaborado pelo Palácio do Planalto, o líder russo manifestou solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais, que assolam mais da metade do território do país.
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”Os dois presidentes conversaram sobre a reunião e os temas que serão debatidos na cúpula dos BRICS, mês que vem, em Kazan, e as relações bilaterais entre os dois países. Também falaram sobre a proposta de paz do Brasil e da China para o conflito entre Rússia e Ucrânia”, finaliza o comunicado.
Atualmente, o país registra diversos focos de incêndios florestais, que atingem quase 60% do território, e a Polícia Federal fala de ação criminosa em parte deles. De acordo com dados do governo, 58% do território nacional foi afetado pela seca neste ano. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa. O grande volume de queimadas prejudica a qualidade do ar e tem pressionado, então, o sistema de saúde devido aos problemas respiratórios.
Um dos incêndios atinge o Parque Nacional de Brasília, a cerca de 15km do Palácio do Planalto. Lula sobrevoou a área durante o final de semana e, na última terça-feira (17), participou de uma reunião dos Três Poderes para tratar das ações de combate. Na ocasião, o presidente falou em ‘oportunismo’ de alguns setores e em aplicabilidade da lei com ‘plenitude’ para os criminosos.
Durante a agenda, Lula reclamou da falta de autorização judicial de primeira instância para investigar as queimadas. “Há uma queixa da Polícia Civil de alguns estados de que, muitas vezes, a polícia prende um cidadão e meia hora depois alguém libera esse cidadão e a polícia não pode investigar, não pode fazer nem o inquérito. A Polícia Federal tem 52 ou mais inquéritos paralisados porque não há autorização judicial, na primeira instância, para a investigação.”