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Em Londres, Pacheco cobra de presidente do BC 'redução imediata' de taxa de juros

Presidente do Senado disse nesta quinta-feira (20) que Congresso vai aprovar projeto de novas regras fiscais ainda em maio

Brasília|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco discursa na abertura no Lide Brazil Conference
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco discursa na abertura no Lide Brazil Conference Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco discursa na abertura no Lide Brazil Conference

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a “redução imediata” da taxa de juros para que o Brasil volte a crescer. A declaração, feita nesta quinta-feira (20) durante a abertura do Lide Brazil Conference, em Londres, foi direcionada ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que estava na plateia.

"Não conseguiremos crescer o Brasil a 13,75% ao ano. Há divergências naturais entre Executivo, Legislativo, sociedade e o meio empresarial, mas se há algo que nos une é a impressão, o desejo, a obstinação de reduzir a taxa de juros. É uma súplica do Senado, meu caro presidente do Banco Central", cobrou.

Durante o discurso, Pacheco reforçou a defesa da autonomia do BC, mas voltou a insistir na necessidade de os juros caírem. “Há um sentimento geral hoje de que precisamos encontrar um caminho para a redução imediata da taxa de juros. Esse é o desejo da economia e do mercado”, disse.

Segundo o presidente do Senado, os "ruídos" e as "marolas" políticas que têm prejudicado a redução na taxa de juros não podem interferir na economia. "Ruído na política o Brasil sempre vai ter. Teve no governo anterior — e muitos, inclusive. Naturalmente, terá neste governo e em futuros governos. Mas, mesmo sob um ambiente de ruído, nós tivemos uma taxa de juros de 2% [ao ano] no passado", disse. 

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Novas regras fiscais

Pacheco disse que o Congresso vai analisar "com muita rapidez" — ainda em maio — o projeto proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) das novas regras fiscais, em substituição ao teto de gastos. Segundo ele, esse movimento é "fundamental" para dar estabilidade à economia e ajudar o país a crescer.

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"Temos esse compromisso de responsabilidade fiscal. Entregaremos muito em breve à sociedade brasileira um plano fiscal que foi muito elogiado por diversos setores da economia brasileira, porque é uma expressão de responsabilidade fiscal", completou.

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Reforma tributária

O presidente do Senado também defendeu a necessidade de uma "reforma tributária substancial" para mudar o que chamou de efeitos “nocivos” do atual sistema tributário brasileiro.

"Estamos em um ponto maduro para uma definição daquilo que se exige na política, que é a arte de escolher uma opção de sistema tributário que seja menos nociva e menos complexa do que o sistema atual. Há diversas fontes de arrecadação possíveis, sem que haja a necessidade da criação de impostos, até porque nós não concebemos [isso]", afirmou.

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