Pacheco avalia adiar sessão do Congresso que instalaria CPMI do 8 de Janeiro
Presidente do Senado disse que leitura do pedido de CPMI é direito da minoria, mas não garante instalação da comissão nesta terça
Brasília|Hellen Leite e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que vai avaliar um pedido de líderes para adiar a sessão do Congresso marcada para esta terça-feira (18). Com isso, a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre os atos de 8 de janeiro em Brasília não deve ser instalada.
Pacheco deu a declaração ao chegar ao Palácio do Planalto, onde participa de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de dizer que a CPI é direito da minoria, a sessão só acontece se tiver quórum no plenário.
"O fato é que a CPI é um direito da minoria, assim reconhecido inclusive pelo STF. Esse direito será por mim garantido. Mas o direito da realização da sessão é da maioria, se não quiser da quórum para sessão, a sessão não acontece", afirmou.
Na noite de ontem, seis líderes de partidos na Câmara dos Deputados assinaram o pedido de adiamento da sessão, sob a alegação de que é necessária a apreciação do piso da enfermagem. A expectativa é de que o governo envie nesta terça-feira um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para garantir o pagamento do mínimo da categoria.
Com isso, não deve sobrar espaço para a oposição pleitear a leitura da CPMI dos atos de vandalismo. Na chegada ao Planalto, Pacheco disse que deve se reunir com líderes antes do almoço para deliberar sobre a sessão do Congresso, que está convocada para começar às 12h.
À noite, Pacheco embarca para Londres, para participar de evento com empresários, ministros do Governo Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.