Em meio à crise, EUA se reúnem com mineradoras brasileiras para discutir potenciais acordos
Agenda foi solicitada por um representante norte-americano e tratou dos interesses dos EUA no setor
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Em meio às tentativas do Brasil em impedir o avanço da taxação, o governo norte-americano se mostrou interessado na discussão de acordos com mineradoras brasileiras para a exploração de minerais críticos e estratégicos no país. O diálogo ocorre dias antes do início da taxação de 50% aos produtos brasileiros pelos EUA.
Nesta quarta-feira (23), o encarregado de negócios e representante oficial da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, se reuniu com a diretoria do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) para tratar dos acordos comerciais.
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Segundo o instituto, a agenda foi solicitada pelo representante norte-americano e tratou da “missão comercial de mineradoras que atuam no Brasil ao mercado daquele país e do interesse dos Estados Unidos em possíveis acordos com o setor mineral brasileiro, principalmente com relação aos minerais críticos e estratégicos“.
Durante a reunião, Escobar teria demostrado interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, que está em preparação pelo governo brasileiro, além de outras ações parlamentares.
Apesar disso, o representante apontou que seria mais “efetivo” uma visita de empresários brasileiros da mineração aos seus pares americanos em setembro ou outubro, visto que agosto é o mês de férias nos Estados Unidos.
Em nota, o Ibram afirmou que a discussão será encaminhada ao setor para “deliberações e possível desdobramento da conversa iniciada nesta data”.
Crise com os EUA
Em meio à crise entre os EUA e o Brasil, o governo brasileiro tem adotado uma postura combativa diante do que considera uma medida protecionista injustificada e prejudicial para a economia.
Apesar de representantes tentarem diálogo com os norte-americanos, o Brasil não descarta a possibilidade de aplicar a Lei da Reciprocidade, o que desagrada o setor empresarial.
Nesta quarta-feira (23), o presidente Donald Trump afirmou que só concordará em abaixar as tarifas caso o país que esteja em negociação abra o mercado para os Estados Unidos.
“Se não, tarifas muito mais altas! Os mercados japoneses já estão abertos (pela primeira vez!). Os negócios nos EUA vão crescer!”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social.
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