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R7 Brasília

Em meio a protestos e incêndio de carros, governador do DF manda aumentar policiamento

Ibaneis Rocha afirmou que está 'reforçando o policiamento' na área central de Brasília; protestos se concentram na Asa Norte

Brasília|Alexandre de Paula, do R7, em Brasília

Manifestantes quebram carros, ateiam fogo em ônibus e tentam invadir sede da PF em Brasília
Manifestantes quebram carros, ateiam fogo em ônibus e tentam invadir sede da PF em Brasília

Em meio a uma quebradeira generalizada na área central de Brasília, concentrada no Setor Hoteleiro Norte, onde fica a sede da Polícia Federal em Brasília, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse ter mandado reforçar o policiamento na área central de Brasília. 

O futuro ministro da Justiça, Flavio Dino (PSB), disse que está conversando com o governo local para tomar providências sobre o episódio. "Temos dialogado com o GDF [Governo do Distrito Federal], a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas. A segurança do presidente Lula está garantida. As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei."

O ato, segundo parte dos manifestantes, foi organizado como protesto à prisão do cacique Tserere, um líder indígena que questiona o resultado das eleições deste ano.

Por volta de 20h40, os manifestantes começaram a atear fogo aos carros estacionados no Setor Hoteleiro Norte. Pelo menos três veículos já foram incendiados.


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Um carro da Defesa Civil e um ônibus também foram depredados. Os passageiros do ônibus foram obrigados a sair do veículo pelos manifestantes, que colocaram foto no coletivo.


Comerciantes do Setor Hoteleiro Norte estão fechando os estabelecimentos em meio à confusão, que acontece próxima aos prédio do portal Metrópoles e da TV Globo.

Policiais foram acionadas para intensificar o policiamento no hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está hospedado.


Mais cedo, os manifestantes quebraram as janelas de diversos carros com pedras.

O grupo continua no local mesmo com a chegada da polícia, que reagiu com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

A via que vai da Asa Sul rumo à L2 Norte, em frente ao Brasília Shopping, está fechada por conta do protesto.

Motivação

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos.

Segundo a Polícia Federal (PF), Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no shopping Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos.

A PGR afirmou que Xavante "vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso."

Para o ministro Alexandre, as condutas do indígena "a restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação”, afirmou em nota do STF.

'Reprimir a violência'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), considerou "absurdos os atos de vandalismo registrados" em Brasília. Para o senador, as manifestações "só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou".

Para Pacheco, "as forças públicas de segurança devem agir".

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