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Em MG, Bolsonaro diz querer voltar à cidade onde levou facada

Presidente disse que cidade mineira 'marcou' sua vida e que, na maior parte, tem 'boas lembranças'; facada aconteceu em 2018

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Jair Bolsonaro durante discurso na cidade mineira de João Pinheiro, a 400 km de Belo Horizonte
Jair Bolsonaro durante discurso na cidade mineira de João Pinheiro, a 400 km de Belo Horizonte

Em agenda pública na cidade de João Pinheiro (MG), o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (14), ter a intenção de retornar para Juiz de Fora, cidade onde foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018.

"É uma satisfação retornar a minha Minas Gerais, porque Deus me deu, em Juiz de Fora, uma segunda vida. Eu quero voltar a Juiz de Fora ainda no corrente ano. Ali, aquela cidade marcou a minha vida. Boas lembranças tenho em grande maioria daquele local", afirmou.

Bolsonaro, então candidato pelo PSL ao Palácio do Planalto, foi esfaqueado no abdômen durante ato da campanha na cidade mineira, em 6 de setembro. O presidente passou por seis cirurgias em consequência da facada que recebeu – foram quatro em 2018 e duas em 2019.

No final do ano passado, a Polícia Federal reabriu as investigações sobre o ataque à faca sofrido por Bolsonaro. O primeiro inquérito apontava que o crime não teve mandante, mas a corporação quer saber quem financiou a defesa do autor da agressão, Adélio Bispo de Oliveira.


"Ali, os médicos e profissionais de saúde da Santa Casa salvaram a minha vida. Ali despontou uma pessoa que mais do que jurava dar a vida à pátria, tudo fará também pela nossa liberdade", disse Bolsonaro, durante cerimônia de regularização fundiária.

Durante o evento, Bolsonaro destacou que todos os títulos de regularização fundiária entregues levavam os nomes de mulheres e a ideia partiu da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, pré-candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul. Na sequência, exaltou o que chamou de um "governo que, ao fazer opção, faz pela mulher".


"A mulher, na verdade, é a que mais fica na terra, é a que vai, na prática, dar a maior contribuição na criação de seus filhos, e, praticamente dela, a maior carga cultural para todos nós. Aqui quem não é mulher, é filho de uma mulher. Nosso respeito, a nossa indicação e até a nossa continência à mulher brasileira", afirmou.

Recentemente, Bolsonaro deu posse aos novos ministros do governo, após a saída de dez titulares. Com a nova reforma ministerial, o governo tem, agora, apenas uma ministra mulher (Cristiane Britto, que assume o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos). Antes, eram três no primeiro escalão: Damares Alves, Tereza Cristina e Flávia Arruda, que deixaram os cargos.

Ainda na cerimônia, o mandatário chamou para o palco o pai do cantor sertanejo Gusttavo Lima, apoiador de Bolsonaro. "É meu colega, é vei igual eu [sic]. Bota [ele para sentar] na minha cadeira. Um palanque bastante diversificado, mas que bem representa a grande diversidade que temos em nosso país". No tablado, porém, estava presente apenas uma mulher.

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