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R7 Brasília

Em Paris, Lula participa nesta sexta de cúpula organizada por Macron

Evento na França discutirá os temas de redução de desigualdades, combate à mudança do clima e proteção da biodiversidade

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Presidentes Emmanuel Macron e Lula
Presidentes Emmanuel Macron e Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar nesta sexta-feira (23) da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro, organizada pelo presidente francês Emmanuel Macron, em Paris. De acordo com a agenda, o petista chegará ao evento, no Palácio Brongniart, às 9h (horário local). O encontro será seguido de foto com os participantes e diálogo de alto nível.

Às 12h, Lula vai se reunir com o presidente de honra do partido France Insoumise, Jean-Luc Mélenchon. Na sequência, o presidente brasileiro participa do almoço de trabalho oferecido por Macron.

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Às 16h30, o petista se encontra com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e depois com o presidente do Congo, Denis Sassou-Nguesso. No período noturno, às 20h30, Lula participa de um jantar oferecido pelo príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud. Na sequência, por volta das 21h, o petista embarca para Brasília.

Parceria comercial

Entre os países da América Latina, o Brasil é o principal parceiro comercial da França. Em 2022, a corrente comercial atingiu US$ 8,4 bilhões (+16% em comparação ao ano anterior). As exportações foram de US$ 3,5 bilhões, representando 1,05% das exportações brasileiras, enquanto as importações atingiram US$ 4,9 bilhões, constituindo 1,8% das importações brasileiras.


Cúpula para um Novo Pacto Financeiro

A Cúpula para um Novo Pacto Financeiro foi proposta por Macron e pretende reunir diversos chefes de Estado, bem como representantes de instituições financeiras internacionais, do setor privado e da sociedade civil, para "repensar a arquitetura do sistema financeiro global" à luz da necessidade de reduzir desigualdades, combater a mudança do clima e proteger a biodiversidade.

Estão previstas seis mesas-redondas temáticas de alto nível e cinquenta eventos paralelos. Os encontros oficiais vão ocorrer no Palácio Brongniart e nas sedes da Unesco e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A cúpula tem o objetivo de estabelecer princípios para reformar instituições financeiras internacionais e de forjar novas parcerias financeiras mais equilibradas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.


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A cúpula tem três dimensões. São elas:

• Aumentar a ambição: a cúpula pretende estimular a mobilização e a alavancagem de recursos públicos e privados, bem como reafirmar e implementar os compromissos financeiros atualmente existentes;

• Prover maior clareza sobre as diferentes fontes de financiamento disponíveis, como devem ser utilizadas e por meio de quais instituições e instrumentos;

• Delinear recomendações que poderão ser incorporadas posteriormente nos processos formais do G20 e da COP da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

Estão previstas as seguintes participações:

• Olaf Scholz (chanceler da Alemanha);

• Mia Mottley (primeira-ministra de Barbados);

• Azali Assoumani (presidente de Comoros);

• Ali Bongo Ondimba (presidente do Gabão);

• William Samoei Ruto (presidente do Quênia);

• Macky Sall (presidente do Senegal);

• Ranil Wickremesinghe (presidente do Sri Lanka);

• Hakainde Hichilema (presidente da Zâmbia);

• Charles Michel (presidente do Conselho Europeu);

• Ursula von der Leyen (presidente da Comissão Europeia);

• António Guterres (secretário-geral da ONU);

• Kristalina Georgieva (diretora-geral do FMI);

• Ajay Banga (presidente do Banco Mundial);

• Mathias Cormann (secretário-geral da OCDE); e

• Mafalda Duarte (diretora-executiva do Green Climate Fund e CEO do Climate Investment Funds).

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