Em primeiros dias de inscrições, 7 mil mulheres fazem alistamento militar feminino
Informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa; mulheres que completam 18 anos em 2025 poderão se alistar voluntariamente
Até o meio-dia desta sexta-feira (3), 7 mil mulheres já se alistaram para concorrer a uma das 1.465 vagas disponibilizadas em Brasília e em outros 28 municípios de 13 estados para as Forças Armadas. De caráter voluntário e inédito, o alistamento militar feminino foi iniciado na quarta-feira (1º) e seguirá até 30 de junho de 2025. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa.
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A partir deste ano, mulheres com 18 anos poderão se alistar voluntariamente nas Forças Armadas brasileiras. O processo de recrutamento deverá ser feito nas seguintes etapas: alistamento geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. As candidatas passarão por uma seleção que inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos. Segundo o Ministério da Defesa, as candidatas poderão escolher a Força que desejam integrar, mas a disponibilidade de vagas, a aptidão da candidata e a especificidade exigida pela Marinha, Exército e Aeronáutica serão levadas em conta.
O alistamento pode ser feito presencialmente nas Juntas de Serviço Militar de cada município ou pelo Site de Alistamento Online. As mulheres serão incorporadas na Marinha como marinheiros-recrutas, no Exército como soldados ou na Força Aérea como soldados de segunda-classe. O serviço tem a duração de aproximadamente 12 meses, prorrogáveis anualmente, podendo chegar a até oito anos.
Quanto aos benefícios, elas terão semelhantes aos dos homens, como remuneração, auxílio-alimentação, licença maternidade e contagem de tempo para aposentadoria.
Em quais regiões existem vagas?
Segundo a Defesa, as oportunidades serão distribuídas em 28 municípios de 13 estados, além do Distrito Federal.
Veja a lista de municípios
- Goiás: Águas Lindas de Goiás, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás
- Pará: Belém
- Minas Gerais: Belo Horizonte, Lagoa Santa, Juiz de Fora, Lagoa Santa
- Distrito Federal: Brasília
- Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá, Ladário
- Rio Grande do Sul: Canoas, Porto Alegre, Santa Maria
- Paraná: Curitiba
- Santa Catarina: Florianópolis
- Ceará: Fortaleza
- Amazonas: Manaus
- São Paulo: Pirassununga, São Paulo
- Pernambuco: Recife
- Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
- Bahia: Salvador
O Ministério da Defesa pretende aumentar progressivamente o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino, atingindo o índice de 20% das vagas.
Mulheres na Força
Atualmente, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística, ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval, da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, da Aeronáutica.