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Enem 2023: 28,1% dos inscritos não compareceram ao 1º dia de provas

Participantes resolveram questões de linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias e fizeram redação

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Estudantes aguardam abertura dos portões para a prova do Enem
Estudantes aguardam abertura dos portões para a prova do Enem Estudantes aguardam abertura dos portões para a prova do Enem

O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 teve abstenção de 28,1% dos inscritos. Isso representa que cerca de um em cada quatro estudantes não compareceram ao local de prova. Em 2022 a taxa de ausência foi de 28,3%.

O estado com maior índice de não comparecimento foi o Amazonas, com 44%.

Abstenção por estado - Enem 2023
Abstenção por estado - Enem 2023 Abstenção por estado - Enem 2023

Neste domingo (5), havia mais de 3,9 milhões de inscritos para fazer a primeira etapa da prova do Enem. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a marca é 13,1% maior que o número de inscrições de 2022. 

Neste ano, 4.293 eatudantes foram eliminados por portarem materiais proibidos durante a prova, saírem antes do horário permitido (15h30), utilizarem impressos ou não atenderem às orientações dos fiscais. 

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Os participantes resolveram provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias e fizeram uma redação. 

No próximo domingo (11), os estudantes resolverão as provas da segunda etapa do exame, com questões de ciências da natureza e matemática. O gabarito oficial e os Cadernos de Questões serão divulgados no portal do Inep até o dia 24 de novembro.

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Polícia Federal investiga suposto vazamento da prova

O Inep pediu à Polícia Federal que investigue suposto vazamento da prova neste domingo. Imagens da prova que mostram o tema da redação deste ano circularam nas redes sociais após o fechamento dos portões, às 13h30. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a Polícia Federal fez duas diligências para apurar o caso, uma no Distrito Federal e a outra em Pernambuco. "Conversei com o ministro [da Justiça] Flávio Dino, conversei com o superintendente da Polícia Federal. A polícia está engajada em fazer toda a investigação e poderá fazer outra diligência nas próximas horas para a gente identificar essa divulgação de fotos após o início da aplicação das provas", afirmou Camilo Santana.

Ao R7, o instituto informou que não há indícios de que a foto foi publicada antes do início da prova. De acordo com o Inep, é procedimento-padrão informar a PF sobre casos como esse. A foto divulgada mostra a página da proposta de redação, que tem como tema "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".

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Em nota, a Polícia Federal informa que já iniciou as investigações relativas a circulação indevida, em redes sociais, de conteúdo relacionado ao Enem 2023. A corporação disse ainda que acompanha os trabalhos de apuração interna do INEP "para obter mais informações sobre o caso e contribuir com os esclarecimentos devidos".

Para a edição deste ano, mais de 2,4 milhões dos inscritos tiveram sua solicitação de isenção da taxa de R$ 85 aprovada — isto é, mais de 61% dos participantes são alunos matriculados em escolas públicas, bolsistas em instituições privadas e pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

As mulheres são a maioria dos participantes: há 2,4 milhões de inscritas, o correspondente a 61,3% dos candidatos. O número de inscrições, que atingiu seu auge em 2015, caiu de forma contínua desde 2016, chegando a 3,4 milhões de candidatos no ano retrasado — após sofrer com a pandemia de Covid-19. 

Foi em 2009 que o Enem tomou a proporção que tem hoje, quando ultrapassou o número de inscritos da Fuvest, que seleciona os alunos para a USP (Universidade de São Paulo), e adotou o famoso sistema de correção TRI (Teoria de Respostas ao Item), conhecido como "antichute".

Crise de identidade

Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a fazer um apelo aos estudantes para que se inscrevessem no exame. "Nós precisamos recuperar a força do Enem. É importante que todos que queiram fazer uma universidade se inscrevam, para ter a oportunidade de ser doutor ou doutora", disse.

E, de fato, em 2023 houve um avanço de 13,1% em relação a 2022, quando foram 3.476.226 inscritos, e de 14,2% em relação a 2021, que teve 3.444.171.

Lula também sancionou na última semana o projeto de lei que prevê a renegociação de dívidas do Fies. Atualmente, há 1,2 milhão de pessoas inadimplentes, com saldo devedor de R$ 54 bilhões, segundo balanço do Ministério do Educação.

O presidente foi ao Inep neste domingo acompanhado dos ministros Camilo Santana (Educação) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social). Também estavam presentes a primeira-dama, Janja da Silva, e o presidente do Inep, Manuel Palacios.

Esta é a primeira vez que o presidente visita o instituto em dia de Enem. Lula conheceu a sala de onde o exame é monitorado. Segundo o Inep, todos os malotes de provas foram entregues no horário e, até a abertura dos portões, não havia sido registrado nenhum problema nos locais de provas.

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