O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começou a identificar possíveis vítimas de descontos indevidos e, com isso, a notificar as entidades supostamente envolvidas para prestarem esclarecimentos.Ao todo, 41 associações foram notificadas e têm 15 dias úteis, a partir da notificação, para apresentar a documentação que comprove o vínculo com os segurados ou realizar o pagamento referente aos descontos não autorizados.A informação foi confirmada pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior. “Esse pagamento não vai para a conta do segurado, vai para a conta do Tesouro. O INSS irá ressarci-lo por meio da folha de pagamento, na conta em que ele recebe o benefício”, explicou.Até as 16h de ontem, primeiro dia do processo, 473.940 pessoas informaram não reconhecer a cobrança de mensalidades. Outras 6.720 confirmaram o vínculo com as entidades.Waller também destacou que as associações devem apresentar documentação individualizada para cada segurado.“Foi disponibilizado às entidades um sistema que permite exatamente esse procedimento. Elas já podem cumprir sua obrigação de apresentar a autorização comprobatória”, afirmou Rodrigo Assumpção, presidente da Dataprev.O presidente do INSS reiterou que os segurados não precisam ter pressa para abrir o requerimento de contestação, já que não há prazo definido para isso.“Todos serão ressarcidos no menor tempo possível. Não precisa correr, gente, o sistema não será fechado de uma hora para outra”, garantiu.Waller também informou que agora é possível saber a qual entidade o aposentado ou pensionista está vinculado por meio do serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”, disponível no aplicativo Meu INSS.O INSS reforça que se comunica com os usuários somente por meio de seus canais oficiais:“Se tiver interesse, ligue você para o INSS. Não informe nada a ninguém, não assine nada para ninguém, não abra links suspeitos e não forneça qualquer tipo de informação pessoal”, alertou Waller.Até o momento, o órgão contabiliza R$ 1 bilhão apreendido em contas de entidades no dia da deflagração da operação contra fraudes.Outros R$ 2,5 bilhões em bloqueios também já foram solicitados pela Advocacia-Geral da União.“A ideia inicial é que quem custeie essa indenização seja o fraudador, aquele que causou o dano à pessoa. Após verificar quantas pessoas foram afetadas e qual será o valor a ser pago, vamos analisar de onde e como sairá o dinheiro. Mas, primeiro, precisamos fazer esse levantamento”, explicou o presidente.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp.