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R7 Brasília

Esposa diz que Marcola está sendo submetido a 'método de tortura' em presídio federal do DF

Em agosto, líder do PCC foi levado de helicóptero para realizar exames de rotina em um hospital público da região

Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Pedro Canguçu, da Record TV, em Brasília


A esposa do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como “Marcola”, afirmou que o marido estaria sendo submetido a "um método de tortura" no Presídio Federal do Distrito Federal. Segundo uma nota emitida pela defesa de Marcola, Cynthia Giglioli Herbas Camacho diz que o chefe da facção criminosa teria perdido cerca de 20 kg e cita uma suposta comida "imprópria para consumo", além de criticar a qualidade dos alimentos fornecidos. "Nós, familiares, não queremos que sirvam lagosta, e sim, apenas uma comida possível de se comer." Marcola está na penitenciária de segurança máxima do DF desde 25 de janeiro, quando foi transferido de Porto Velho (RO).

Segundo Cynthia, a unidade isolou o marido como se “estivesse em um pavilhão inteiro só para ele, vivendo em completa solidão”. A mulher também relata que um dos três presos que estão nas celas ao lado é um detento que cumpria pena na penitenciária de Porto Velho e que Marcola evitaria sair para o banho de sol com o homem, apelidado pelo líder da facção de “Pistoleiro”.


No começo de agosto, Marcola foi levado de helicóptero a uma unidade pública de saúde para a realização de exames de rotina. Toda a operação contou com um forte esquema e a atuação de várias forças de segurança. Na ocasião, o líder do PCC realizou coleta de sangue e uma endoscopia que, segundo o advogado de Camacho, foram solicitadas previamente.

Outro ponto criticado pela esposa de Marcola são as visitas, que, segundo a família, são feitas com vidros blindados com duração de “apenas três horas, sem nenhum contato físico”. “Marco não recebe suas cartas enviadas, tampouco as enviadas pelos seus filhos semanalmente, e, quando as recebe, é somente após meses do envio”, completa.



Marcola acumula condenações que somam mais de 300 anos. Antes de ser transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em março do ano passado, ele já havia passado pela prisão do Distrito Federal.

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O R7 aguarda um posicionamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais sobre as alegações da defesa.


O presídio

A equipe da Record TV foi a primeira a entrar na estrutura que, segundo os responsáveis, “está preparada para a guerra”. Já na entrada, o visitante deve passar por um potente detector de metais e um raio-X.


No chamado parlatório — local onde os presos recebem as visitas —, o vidro blindado é considerado antitumulto e, a todo o momento, a conversa é monitorada por câmeras e agentes treinados.


As celas também são protegidas, e até mesmo o local onde os presos tomam o banho de sol é reforçado. Os presos recebem lençóis, roupas, gorros, luvas, além de itens de higiene, como prato e escova de dente.

Marcola

Marco Willians Herbas Camacho tem 55 anos e é apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Marcola está preso desde 19 de julho de 1999 e já passou por presídios do Distrito Federal, de Rondônia e do Rio Grande do Norte.


Nascido em Osasco, ele é filho de pai boliviano e mãe brasileira. Camacho negou, em um depoimento de 2017, que tenha ligação com a facção e, entre os apelidos que lhe são atribuídos, confirmou apenas ser conhecido como Marcola.

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