Estudo aponta que mercado livre de energia pode gerar economia de R$ 17,8 bilhões a empresas
De acordo com o levantamento, essa redução de custos impulsiona o desenvolvimento e pode gerar até 380 mil novos empregos no país
Brasília|Do R7, em Brasília
Um estudo elaborado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica) concluiu que o mercado livre de energia elétrica pode gerar economia de até R$ 17,8 bilhões ao ano na conta de luz para a indústria e o comércio. Nesse modelo de mercado, consumidores podem comprar energia alternativa ao suprimento da concessionária local, negociar o preço da energia diretamente com os agentes geradores e comercializadores, e escolher quem será o seu fornecedor de energia.
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O objetivo do estudo é aferir o impacto da abertura do mercado de energia elétrica para o comércio e a indústria do Brasil, sob a ótica econômica, financeira e da geração de empregos.
De acordo com o levantamento, essa redução de custos impulsiona o desenvolvimento e pode gerar até 380 mil novos empregos no país. “São 6 milhões de comércios e 411 mil indústrias que não possuem o direito de escolher seu fornecedor de energia”, conclui a pesquisa.
O Mercado de Energia no Brasil é dividido em ACR (Ambiente de Contratação Regulada), onde estão os consumidores cativos, e ACL (Ambiente de Contratação Livre), formado pelos consumidores livres.
Os consumidores cativos são os que compram energia das concessionárias de distribuição às quais estão ligados. Cada unidade consumidora paga apenas uma fatura de energia por mês, incluindo o serviço de distribuição e a geração da energia, e as tarifas são reguladas pelo governo.
Segundo o levantamento, “73,5 milhões de consumidores de energia elétrica, principalmente das classes C e D, estão presos no mercado cativo, sem política para redução da conta de luz”. Além disso, são 6 milhões de comércios e 411 mil indústrias que não possuem o direito de escolher seu fornecedor de energia.
Já os consumidores livres compram energia diretamente dos geradores ou de comercializadores, através de contratos bilaterais com condições livremente negociadas, como preço, prazo, volume, etc. Cada unidade consumidora paga uma fatura referente ao serviço de distribuição para a concessionária local (tarifa regulada) e uma ou mais faturas referentes à compra da energia (preço negociado de contrato).