'Eu que denunciei as irregularidades à CGU', diz Damares sobre repasses a ONGs
Ministério da Mulher exigiu das organizações sociais esclarecimentos e providências sobre as falhas apontadas, segundo a senadora
Brasília|Do R7, em Brasília
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou nesta quarta-feira (12) que a apuração realizada pela Corregedoria-Geral da União (CGU) sobre repasses de recursos do Ministério da Mulher, da Famílias e dos Direitos Humanos para ONGs foi provocada pela própria pasta, ainda durante sua gestão. Segundo a senadora, o relatório montado pela CGU foi elaborado com base nas informações entregues pela Assessoria de Controle Interno do ministério.
Damares afirmou que a pasta executou uma emenda parlamentar de autoria de diversos deputados e partidos e, ao perceber indícios de irregularidade, enviou um ofício à CGU. A solicitação de auditoria foi realizada em 11 de fevereiro de 2022, de acordo com a parlamentar. As irregularidades foram detectadas a partir de uma análise e mapeamento de riscos nos Termos de Fomento firmados com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH) Brasil e com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INADH).
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Segundo a senadora, ao receber esse relatório, o ministério exigiu das organizações sociais esclarecimentos e providências sobre as falhas apontadas.
Uma nota da assessoria de imprensa de Damares afirma que, em 20 de outubro de 2022, o IDSH ressarciu o valor de R$ 1.100.659,46.
“No meio percebi que tinha algo errado. Eu descobri a corrupção, denunciei à CGU. O ofício é assinado por mim. A CGU foi fazer auditoria, e de fato encontrou irregularidades. E a instituição que estava executando a emenda teve que devolver dinheiro para o ministério", afirmou Damares. Ela disse também que não conhece os donos da IDSH nem da INADH.