Ex-ajudante de Bolsonaro, Mauro Cid movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses, diz Coaf
O militar está preso desde 3 de maio; ele é investigado por fraude em cartões de vacinação e tentativa de golpe de Estado
Brasília|Camila Costa e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, movimentou R$ 3,2 milhões entre julho de 2022 e janeiro de 2023. As transações foram registradas em uma unidade do Banco do Brasil em Goiânia, a cerca de 200 km de Brasília.
No documento do Coaf, constam movimentações que somaram R$ 3.252.616, feitas por Cid, de 26 de julho de 2022 a 25 de janeiro de 2023.
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Cid está preso desde 3 de maio. Ele é investigado por participação em um esquema de fraude em cartões de vacinação e em uma tentativa de golpe de Estado. O tenente-coronel também é investigado no caso das joias supostamente dadas pela Arábia Saudita a Jair e Michelle Bolsonaro e no caso dos atos extremistas de 8 de janeiro. À Polícia Federal, ele já prestou seis depoimentos, mas foi em 30 de junho que ele falou pela primeira vez sobre as invasões dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em uma oitiva de quase quatro horas.
A defesa de Mauro Cid afirmou por meio de um comunicado que se manifestará no processo. "Todas as movimentações financeiras do tenente-coronel Mauro Cid, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal", diz um trecho da nota.
Sobre o Coaf
O Coaf tem como atribuição legal receber, examinar e identificar as ocorrências de atividades ilícitas previstas na lei 9.613/1998, que define as regras a respeito da prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.