Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid depõe pela sexta vez à Polícia Federal
Tenente-coronel é investigado em três inquéritos diferentes; ele está preso desde maio por determinação do STF
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid depôs nesta sexta-feira (30) na Polícia Federal sobre as mensagens encontradas no celular dele supostamente incentivando um golpe de Estado. O depoimento, que é o sexto de Cid, começou por volta de 15h e teve duração aproximada de quatro horas. O tenente-coronel está preso desde maio por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Ele é investigado em três inquéritos: o do caso das joias de Michelle Bolsonaro, o dos atos extremistas de 8 de janeiro e o sobre fraudes em cartões de vacina da família Bolsonaro.
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Na terça-feira (4), Cid deve ser ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional. O militar tentou ser dispensado do depoimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas teve o pedido negado pela ministra Cármen Lúcia. A magistrada determinou, no entanto, que Cid tem o direito de não produzir provas contra si, podendo não responder a perguntas que possam incriminá-lo.
A defesa pediu que Cármen reconsidere o caso ou o envie à Primeira Turma do STF. Segundo a defesa, as justificativas de convocação apontam para a condição como investigado, embora alguns requerimentos apresentem também a qualificação de testemunha.