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'Não falei sobre golpe', diz coronel que trocou mensagens antidemocráticas com Mauro Cid

Lawand aparece em investigação da PF pedindo ao ex-ajudante de ordens que convencesse Bolsonaro a 'dar ordens' de golpe

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília


Jean Lawand Júnior negou incentivo a golpe
Jean Lawand Júnior negou incentivo a golpe

Em depoimento na CPMI do 8 de Janeiro, nesta terça-feira (27), o coronel do Exército Jean Lawand Júnior negou que tenha incentivado um golpe de Estado. Ele é investigado pela Polícia Federal por supostamente ter pedido ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, que agisse para que o então presidente desse um golpe de Estado. Em um áudio, Lawand dizia que Bolsonaro precisava "dar a ordem" para que os militares pudessem agir.

Lawand foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a ficar em silêncio, no entanto, decidiu responder às perguntas dos parlamentares.

Ao explicar a mensagem trocada com Cid, Lawand disse que em nenhum momento falou a palavra "golpe". "Em nenhum momento eu quis atentar contra a democracia, em nenhum momento eu escrevi golpe. A mensagem escrita golpe não é minha. O que eu quis dizer foi a 'ordem' para que o presidente da República apaziguasse o país", justificou.

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Lawand também classificou a mensagem como um "desabafo infeliz" e afirmou mais de uma vez que a intenção era fazer com que Cid "entendesse" que uma manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro faria com que os manifestantes acampados em frente aos quartéis-generais do Exército voltassem para casa. 

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Mensagens com Mauro Cid

No material encontrado no celular de Cid, Lawand pede "pelo amor de Deus" ao ajudante de ordens do ex-presidente que faça "alguma coisa" após a derrota no segundo turno da eleição.

Conversa abordou golpe de Estado
Conversa abordou golpe de Estado

"Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara", afirmou Lawand Júnior em um áudio a Cid em 1º de dezembro de 2022.

No dia seguinte, 2 de dezembro de 2022, o coronel encaminhou novas mensagens. Às 8h32, ele escreveu: "Ele tem que dar a ordem, irmão. Não tem como não ser cumprida".

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