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Ex-assessor de Moraes pede devolução de celular apreendido após vazamento de mensagens

Em depoimento à PF na última quinta-feira (22), Tagliaferro negou que tenha negociado mensagens

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Mensagens teriam sido vazadas do celular do ex-assessor de Moraes Redes Sociais/Reprodução

O ex-chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro pediu a devolução do celular dele, apreendido na semana passada após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O movimento ocorreu depois que Moraes transformou o inquérito, aberto por ele para apurar o vazamento de conversas, em petição, ou seja, uma investigação preliminar.

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Na decisão que apreendeu o celular do ex-assessor, o ministro autorizou também o acesso e a análise de todo o conteúdo (dados, arquivos eletrônicos, mensagens eletrônicas e e-mails) armazenado, incluindo eventuais documentos bancários, fiscais e telefônicos, bem como dos dados telemáticos obtidos, permitindo à Polícia Federal acessar dados armazenados em eventuais computadores, smartphones, dispositivos de bancos de dados, mídias de armazenamento de dados.

Em depoimento à PF na última quinta-feira (22), Tagliaferro negou que tenha negociado mensagens e que tenha as vazado. Tagliaferro ainda disse que quando ele foi preso por violência doméstica e teve o celular apreendido, em 2023, só o recebeu seis dias depois e que o aparelho estava “corrompido” e não estava lacrado.

Segundo o ministro, após o depoimento, orientado pelo seu advogado, o ex-assessor teria disponibilizado o aparelho celular que portava para consulta da autoridade policial, se recusado, porém, a fornecer seu aparelho de telefone celular para perícia técnica.


“Ficou consignado o possível vazamento deliberado das informações, com objetivo de estabelecer uma narrativa fraudulenta relacionada à atuação de servidores lotados em ambos os Tribunais, no contexto de reiterados ataques institucionais ao Poder Judiciário”, disse.

Moraes disse ainda que a negativa do investigado em entregar o aparelho de forma voluntária “é um relevante fator a autorizar a medida de busca pleiteada, uma vez que os dados contidos no referido aparelho são de interesse público e interessam à presente investigação”.

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