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R7 Brasília

Ex-comandante da Aeronáutica diz que Bolsonaro apresentou 'minuta' para novas eleições e prisões

O ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo da oitiva nesta sexta-feira

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Carlos Baptista Júnior, Aeronáutica, comantante, Bolsonaro
Carlos Baptista Júnior, Aeronáutica, comantante, Bolsonaro Sgt. Bianca/Força Aérea Brasileira

O ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior afirmou em depoimento que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma minuta que "decretava a realização de novas eleições e a prisão de autoridades do judiciário". Segundo o Baptista Júnior, o documento foi apresentado em uma reunião no Palácio da Alvorada, no dia 7 de dezembro de 2022. O encontro contou com a presença do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, ex-comandante da Marinha, almirante Garnier, além do ministro da Defesa, Paulo Sérgio. O documento entrando, sendo o depoimento do ex-chefe do Exército, é o mesmo encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. 

Baptista Júnior também relatou que participou de uma reunião com os chefes das Forças Armadas, o então Advogado-Geral da União Bruno Bianco, o ex-ministro da Defesa e o ex-presidente. No encontro, Bianco teria informado que as eleições "transcorreram de forma legal, dentro dos aspectos jurídicos e que não haveria alternativa jurídica para contestar o resultado". A reunião teria acontecido em 1º de novembro de 2022.

Outro ponto abordado na oitiva foi que Bolsonaro, segundo o ex-chefe da Aeronáutica, aparentou "ter esperança" em reverter os resultados do pleito eleitoral depois da divulgação do estudo Instituto Voto Legal, que apontava a existência de supostas fraudes nas urnas.

Segundo Baptista Júnior, ele chegou a afirmar que o estudo não tinha embasamento técnico. "[O depoente] respondeu que nas reuniões com os comandantes das Forças e com o ministro da Defesa, o então Presidente da República, Jair Bolsonaro, apresentava a hipótese de utilização da Garantia da Lei da Ordem (GLO) e outros institutos jurídicos mais complexos, como a decretação do Estado de Defesa para solucionar uma possível 'crise institucional'", disse no depoimento.

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