Ex-comandante do Exército durante o governo Bolsonaro presta depoimento à Polícia Federal
General Freire Gomes prestará depoimento como testemunha na investigação sobre o suposto plano para um golpe de Estado
Brasília|Natália Martins, da RECORD, e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
Nesta sexta-feira (1º), o ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro general Marco Antônio Freire Gomes foi à sede da Polícia Federal para depor como testemunha no caso que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro como presidente da República após ser derrotado nas eleições de 2022. As oitivas estavam marcadas para as 15h, mas o ex-comandante chegou ao local antes do horário, entrando sem ser notado.
A investigação que resultou na operação Tempus Veritatis, desencadeada em 8 de fevereiro, visou aliados do governo bolsonarista. Como parte das ações, o ex-presidente Bolsonaro foi obrigado a entregar seu passaporte à PF. Essas medidas foram autorizadas por Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Conforme relatório da PF, o general Freire Gomes e o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), brigadeiro Baptista Junior, teriam se oposto à ideia de um golpe de Estado. No entanto, o documento ressalta a necessidade de avançar nas investigações para verificar possíveis condutas omissivas por parte dos militares.
Em conversas obtidas pela PF, Walter Souza Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, teria chamado Freire Gomes de "cagão" ao saber que ele recusou participar do suposto plano de golpe de Estado.