Exame de DNA ajuda a Polícia Civil do DF a prender suspeito de estupros em série
Material genético de homem de 37 anos foi encontrado em casos de 2014 e 2019
Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Kris Otaviano, da RECORD
A análise de material genético coletado em duas cenas de crime diferentes ajudou a PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) a prender um homem de 37 anos suspeito de ser um estuprador em série. Segundo a corporação, o primeiro crime aconteceu em 2014, em Ceilândia, e o segundo no Cruzeiro, em 2019. Em ambos os casos, o preso invadiu as casas das vítimas durante a madrugada, cometeu os abusos e roubou os celulares.
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O material genético foi identificado durante os exames de corpo de delito das duas vítimas. Os técnicos do IPDNA (Instituto de Pesquisa e DNA Forense) inseriram os dados no banco de dados de DNA, onde foi constatado que os vestígios pertenciam a um mesmo indivíduo. Ao longo dos últimos 22 anos, o instituto foi responsável por identificar 92 estupradores em série, que agrediram, ao todo, 262 vítimas em todo o país.
Nesta segunda-feira (23), a delegada-chefe da Deam I (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I), Adriana Romana, e o diretor do IPDNA, Samuel Ferreira, divulgaram a foto do suspeito. “A divulgação tem caráter informativo, pois outras mulheres podem ter sido vítimas de crimes semelhantes praticados pelo mesmo suspeito. As vítimas devem procurar as unidades policiais e registrar a ocorrência para a investigação dos fatos.”
Os crimes
João Batista Aquino Pereira da Silva, de 37 anos, cometeu os crimes nos anos de 2014 e 2019. A reportagem tenta contato com a defesa do suspeito e o espaço segue aberto para posicionamento.
Segundo as investigações, no primeiro caso, ele invadiu uma residência em Ceilândia e atacou uma mulher, que à época tinha 35 anos. Apesar de registrar o boletim de ocorrência, passar por exame de corpo de delito, não foi possível identifica o agressor e o caso foi arquivado.
Na outra ocorrência, três anos depois, o homem escalou o primeiro andar de um prédio no Cruzeiro e entrou no apartamento onde morava a segunda vítima, uma jovem de 19 anos. Os casos só começaram a ser esclarecidos depois que a análise dos materiais biológicos encontrados nas duas vítimas revelou ser do mesmo agressor.
As investigações também apontaram que no mesmo dia do segundo estupro, João Batista Aquino havia praticado um furto no Sudoeste. Na ocasião ele levou um cortador de grama e uma pochete, que foi esquecida na casa da jovem após a agressão sexual.
A identificação completa do agressor como autor dos estupros só foi possível em 2022, quando ele foi até uma delegacia tirar documentos. A intenção dele, à época, era ter acesso a programas sociais. João Batista Aquino chegou a morar fora do Distrito Federal depois dos crimes, mas seguia sendo monitorado pela Polícia Civil do DF.
Colaborou Anna Luisa Praser