Exportações em real para o Mercosul crescem, mas vendas com a moeda caem no ranking geral
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as exportações declaradas em real para o Mercosul subiram 21% no ano passado
Brasília|Do R7, em Brasília
Em 2023, o Brasil registrou um crescimento de 21% nas exportações em real para o Mercosul, alcançando US$ 1,7 bilhões na participação, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços. Apesar do crescimento para países do bloco, no ranking com as demais moedas, o Brasil apresentou uma queda de 9,3% no total comercializado em real.
No caso do Mercosul, as exportações da indústria de transformação, relacionadas a produção de um produto final ou intermediaria por meio da matéria-prima, foram as que mais se destacaram no ano passado, responsável por 91% da arrecadação em real.
Mesmo com a queda em real, as exportações brasileiras cresceram 17,4% no primeiro bimestre de 2024, alcançando US$ 50,51 bilhões. De acordo com o ministério, a indústria extrativa, relacionada a recursos naturais e insumos, agropecuária e produtos da indústria da transformação foram as que tiveram o melhor desempenho.
Ainda de acordo com o relatório divulgado pela pasta, a União Europeia foi o segundo bloco com maior destino das exportações em real, com participação de 15,6% do total. Ao mesmo tempo, a União Europeia é o maior destino das exportações em euro, com participação de 61,5%.
Criação de uma moeda comum
No ano passado, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) sugeriu a criação de uma moeda comum para ser usada nas operações comerciais entre países da America do Sul.
Lula defendeu a ideia de que as nações adotem estratégias para "aprofundar a identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficiente e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais".