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R7 Brasília

Fachin: inquérito do suposto golpe traz ‘fatos graves’, mas democracia ‘é maior que isso’

‘Os indícios revelados até agora demonstram uma gravidade que é real e tudo isso deve ser visto nas etapas devidas' disse o ministro

Brasília|Do Estadão Conteúdo

Investigações não geraram nenhuma nenhuma turbulência institucional, diz Fachin
Investigações não geraram nenhuma turbulência institucional, diz Fachin Gustavo Moreno/STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin afirmou que os indiciamentos de Jair Bolsonaro e mais 36 outras pessoas pela Polícia Federal após investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado são “fatos graves” e que “devem ser apurados, mas a democracia brasileira é maior do que isso tudo”.

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Fachin, que participou de uma aula magna promovida pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, defendeu o cumprimento dos ritos processuais com rigor.

“Os indícios revelados até agora demonstram uma gravidade que é real e tudo isso deve ser visto nas etapas devidas, da forma adequada, com respeito ao devido processo, ampla defesa e todas as garantias que a Constituição e as leis preveem aos indiciados acusados e depois para os réus, se vier uma ação penal”, declarou.

Para Fachin, a investigação da Polícia Federal mostra que “as forças civis do Brasil estão, na sua grande maioria, maduras suficientes para entender que processo eleitoral, resultado das eleições, obediência à soberania popular fazem parte da democracia”.


De acordo com a PF, os 37 indiciados estão ligados à suposta tentativa de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições 2022. O plano da suposta organização criminosa previa até o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Quando questionado por jornalistas sobre o indiciamento de Bolsonaro, Fachin afirmou que “o fato de se tratar de um ex-presidente da República, nesse sentido, é menos relevante do que os fatos que estão sendo averiguados”.

Na avaliação do ministro do STF, as investigações também não geraram nenhuma “turbulência institucional” e que elas “estão cumprindo seu papel”.

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